A política de redução de riscos e os três problemas originais
DOI:
https://doi.org/10.15448/1984-7289.2025.1.44622Palavras-chave:
Drogas, Usuários, Consumo, RiscosResumo
Este artigo se concentra na política francesa de redução de riscos (RDR) associados ao uso de drogas. Com o objetivo de analisar a trajetória e a execução dessa política pública na vida cotidiana, foram realizadas entrevistas com personagens-chave da cena parisiense de RDR; uma etnografia em três estabelecimentos médico-sociais que operacionalizam essa abordagem, situados em Paris, além da participação em diversos eventos direcionados a profissionais e pesquisadores da área. Os resultados da pesquisa permitem interpretar a RDR como resposta a três problemas públicos de cunho epidemiológico, de adicção e de ecologia urbana.
Downloads
Referências
Bergeron, Henri. 1999. L’État et la toxicomanie. Histoire d’une singularité française. Presses Universitaires de DOI: https://doi.org/10.3917/puf.berge.1999.01
France.
Bergeron, Henri. 2005. Europeanisation of drugs policies: from objective convergence to mutual agreement. In
Health governance in europe: issues, challenges and theories, organizado por Monika Steffen. Routledge.
Boltanski, Luc e Laurent Thévenot. 1999. The sociology of critical capacity. European Journal of Social Theory 2 (3): 359-77. https://doi.org/10.1177/136843199002003010. DOI: https://doi.org/10.1177/136843199002003010
Brandt, Allan M. 1988. Aids and metaphor: toward the social meaning of epidemic disease. Social Research 55 (3): 413-32.
Brisson, Pierre. 1997. L’approche de réduction des méfaits: sources, situation, pratiques. Comité permanent de la lutte à la toxicomanie. Bibliothèque Nationale du Canada.
Buton, François. 2006. De l’expertise scientifique à l’intelligence épidémiologique: l’activité de veille sanitaire. Genèsis 65: 71-91. https://doi.org/10.3917/gen.065.0071. DOI: https://doi.org/10.3917/gen.065.0071
Cefaï, Daniel. 1996. La construction des problèmes publics: définitions de situations dans des arènes publiques. Réseaux 14 (75): 43-66. DOI: https://doi.org/10.3406/reso.1996.3684
Cefaï, Daniel, trad. 2009. La culture des problèmes publics. L’alcool au volant: la production d’un ordre symbolique - Postface. By Joseph Gusfield. Economica.
Cefaï, Daniel. 2017. Públicos, problemas públicos, arenas públicas... O que nos ensina o pragmatismo (Parte 1). Novos Estudos Cebrap 36 (1): 187-213. DOI: https://doi.org/10.25091/S0101-3300201700010009
Cefaï, Daniel. 2019. Les problèmes, leurs expériences et leurs publics: Une enquête pragmatiste. Sociologie
et sociétés 51(1 e 2): 33-92.
Cefaï, Daniel, e Edouard Gardella. 2011. L’urgence sociale en action. Ethnografie du Samusocial de Paris. La Découverte.
Dewey, John. 1938. Logic: the theory of inquiry. Holt, Rinehart and Winston.
Di Chiara, Gaetano, e Assunta Imperato. 1988. Drugs abused by humans preferentially increase synaptic dopamine concentrations in the mesolimbic system of freely moving rats. Proceedings of the National Academy of Sciences 85. https://doi.org/10.1073/pnas.85.14.5274. DOI: https://doi.org/10.1073/pnas.85.14.5274
Donet, Ludovic. 2018. Vous avez dit “zombies”? Alter EGO (96): 14.
Elias, Norbert. 1994. O processo civilizador: uma história dos costumes, vol. I. Jorge Zahar. Elias, Norbert. 2001. A solidão dos moribundos, seguido de envelhecer e morrer. Jorge Zahar. Fortané, Nicolas. 2010. La carrière des addictions: d’un concept médical à une catégorie d’action publique. Genèses 1 (1): 5-24. https://doi.org/10.3917/gen.078.0005. DOI: https://doi.org/10.3917/gen.078.0005
Foucault, Michel. 1984a. Le souci de soi. Gallimard.
Foucault, Michel. 1984b. L’usage des plaisirs. Gallimard.
Foucault, Michel. 1987. Vigiar e Punir. Vozes.
Foucault, Michel. 1993. Microfísica do poder. Graal.
Foucault, Michel. 1994. Dits et écrits 1954-1988.Tome III: 1976-1979. Gallimard. DOI: https://doi.org/10.14375/NP.9782070739882
Goodman, Aviel. 1990. Addiction: definition and implications. British Journal of Addiction 85: 1403-1408. DOI: https://doi.org/10.1111/j.1360-0443.1990.tb01620.x
Gusfield, Joseph. 1963. Symbolic crusade: status politics and the american temperance movement. University of
Illinois Press.
Gusfield, Joseph. 1981. The culture of public problems: drinking-driving and the symbolic order. University of Chicago Press.
Jauffret-Roustide, Marie, Sayon Dambélé, e Camille Porto. 2023. La construction du crack à Paris comme un problème épidémiologique, de prise en charge et d’écologie urbaine. Psychotropes 29 (4): 7-29. https://doi.org/10.3917/psyt.294.0007. DOI: https://doi.org/10.3917/psyt.294.0007
Joseph, Isaac. 2004. Goffmann et l’écologie urbaine. Les Annales de la recherche urbaine 95: 130-33. https:// doi.org/10.3406/aru.2004.2545. DOI: https://doi.org/10.3406/aru.2004.2545
Kaufmann, Jean-Claude. 2013. A entrevista compreensiva: um guia para pesquisa de campo. Vozes.
Peeters, Hugues e Philippe Charlier. 1999. Contribuitions à une théorie du dispositif. Hermès, La revue 3 (25): 15- 23. https://doi.org/10.4267/2042/14969. DOI: https://doi.org/10.4267/2042/14969
Peirce, Charles S. 1992 (1878). How to make our ideas clear. In The essential Peirce: selected philosophical writings (1867-1893), vol.1. University Press.
Porto, Camille. 2017. Selves em cadeia: um estudo sociológico sobre a carreira moral de “egressantes” do sistema penitenciário fluminense. Dissertação em Sociologia e Antropologia, Universidade Federal do Rio de Janeiro.
Porto, Camille. 2019. O que há de moral na carreira moral: sobre dispositivos de transformação de si em “egressantes” do sistema penitenciário. Dilemas: Revista de Estudos de Conflito e Controle Social 12 (3): 477-98.
https://doi.org/10.4322/dilemas.v12n3.24780. DOI: https://doi.org/10.4322/dilemas.v12n3.24780
Porto, Camille. 2021. Sobre seringas e cuidados: o papel do HIV no desenvolvimento da política de redução de riscos para usuários de drogas a França. Revista Interseções 23 (2): 360-81. Porto, Camille, e Alexandre Werneck. 2021. O valor de uma existência: uma análise pragmática de valorizações da vida humana em situações envolvendo dinheiro. Sociedade e Estado 36 (2): 563-89. https://doi.org/10.1590/s0102-6992-202136020009. DOI: https://doi.org/10.1590/s0102-6992-202136020009
Porto, Camille. 2022. Os usuários são atores de seu acompanhamento: a situação de redução de riscos em Paris, França. Tese em Sociologia, Universidade Estadual do Rio de Janeiro.
Porto, Camille. 2023. O “egressante”: notas sociológicas para a construção de um personagem do sistema penal. Dilemas: Revista de Estudos de Conflito e Controle Social 16 (2): e51163. https://doi.org/10.4322/dilemas.v16.51163. DOI: https://doi.org/10.4322/dilemas.v16.51163
Porto, Camille. 2025. Reduzindo danos e riscos: as políticas públicas para usuários de drogas no Brasil e na França. Sociologia & Antropologia. No prelo.
Rodrigues, Tiago Hira. 2023. Entre o risco e o dano: redução de danos, redução de riscos e prevenção no Brasil e na França. Dilemas: Revista de Estudos de Conflito e Controle Social 16 (1): 119-43. https://doi.org/10.4322/dilemas.v16n1.49491. DOI: https://doi.org/10.4322/dilemas.v16n1.49491
Roques, Bernard. 1998. La dangerosité des drogues. Odile Jacob.
Tassin, Jean-Pol, Fabrice Trovero, e Silvain. Pirot. 1992.
État des connaissances neurobiologiques sur les produits de consommation illicite. INSERM/DGLDT.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2025 Civitas: revista de Ciências Sociais

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International License.