Educação e pobreza: teoria da justiça como equidade e a política do reconhecimento
DOI:
https://doi.org/10.15448/1981-2582.2015.1.16579Palavras-chave:
Justiça como equidade. Reconhecimento. Pobreza.Resumo
O objetivo deste artigo é discutir as contribuições teóricas para o debate sobre as categorias educação e pobreza. Isso é realizado a partir da ênfase colocada na teoria da justiça como equidade, formulada por John Rawls, e a teoria do reconhecimento, essa última sistematizada por Charles Taylor e, em particular, desenvolvida pelo filósofo alemão Axel Honneth. A ideia central do texto é apresentar as principais contribuições dessas duas importantes perspectivas de análise, os seus possíveis embates, convergências e limites para a discussão sobre escolarização de pessoas pobres.
Downloads
Referências
ARAÚJO, Cícero. Legitimidade, justiça e democracia: o novo contratualismo de Rawls. Lua Nova, São Paulo, n. 57, 2002.
AZEVEDO, Janete Maria Lins de. O Estado, a política educacional e a regulação do setor educação no Brasil: uma abordagem histórica. In:
FERREIRA, Naura Syria Carapeto; AGUIAR, Márcia Ângela da S. (Org.). Gestão da educação: impasses, perspectivas e compromissos. 3. ed. São Paulo: Cortez, 2001.
BERGER, Manfredo. Educação e dependência. São Paulo: Difel; Porto Alegre: UFRGS, 1976.
BOURDIEU, Pierre; PASSERON, Jean-Claude. A reprodução: elementos para uma teoria do sistema de ensino. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1975.
CASTEL, Robert. As metamorfoses da questão social: uma crônica do salário. Petrópolis: Vozes, 1998.
COSTA, Jean Carlo de Carvalho. O charme da modernidade e a utopia da hybris: civilidade, reforma moral e educação no jovem parlamentar Joaquim Nabuco. In: PINHEIRO, Antonio Carlos Ferreira; CURY, Antonio Carlos Ferreira (Org.). Histórias da Educação da Paraíba: rememorar e comemorar. João Pessoa: Editora UFPB, 2012.
DUBAR, Claude. A socialização: construção das identidades sociais e profissionais. São Paulo: Martins Fontes, 2005.
FERNANDES, Florestan. A integração do negro na sociedade de classes. 3. ed. São Paulo: Ática, 1978. v. 1.
FRASER, Nancy. Reconhecimento sem ética? Lua Nova n. 70 São Paulo, 2007.
FRIGOTTO, Gaudêncio. A produtividade da escola improdutiva: um (re)exame das relações entre educação e estrutura econômico-social capitalista. São Paulo: Cortez, 1984.
GRANSCI, Antonio. Americanismo e fordismo. In: GRANSCI, Antonio. Maquiavel, a política e o estado moderno. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1988.
HABERMAS, Jürgen. Lutas pelo reconhecimento no Estado
democrático nacional. In: TAYLOR, Charles. Multicultura-
lismo. Lisboa: Instituto Piaget, 1994.
HONNETH, Axel. Integrity and disrespect: principles of a conception of morality based on the theory of recognition. Political Theory, v. 20, n. 2, p. 187-202, 1992. http://dx.doi.org/10.1177/0090591792020002001
HONNETH, Axel. Luta por reconhecimento: a gramática moral dos conflitos morais. São Paulo: 34, 2003.
HONNETH, Axel. Disrespect: the normative foundations of critical theory. Cambridge: Polity, 2007.
HONNETH, Axel. Educação e esfera pública democrática. Um capítulo negligenciado da filosofia política. Civitas, Porto Alegre, v. 13, n. 3, p. 544-562, set./dez, 2013.
MARGULIS, Mario; URRESTI, Marcelo. La juventud es mas que una palabra. In: MARGULIS, Mario. La juventud es más que una palabra: ensayos sobre cultura y juventud. Buenos Aires: Biblos, 1998.
MARTINS, José de Souza. Exclusão social e a nova desigualdade. São Paulo: Paulus, 1997.
MENDONÇA, Ricardo Fabrino. Reconhecimento em debate: os modelos de Honneth e Fraser em sua relação com o legado habermasiano. Revista Sociologia e Política, Curitiba, n. 29, p. 169-185, nov. 2007.
MOACYR, Primitivo. A instrução e o império. São Paulo, Nacional, 1937.
PINTO, Celi Regina Jardim. Nota sobre a controvérsia Fraser-Honneth informada pelo cenário brasileiro. Lua Nova, São Paulo, n. 74, p. 35-58, 2008.
POULANTZAS, Nicos. O Estado, o Poder, o Socialismo. Rio de Janeiro: Graal, 1981.
PRADO JUNIOR, Caio. Formação do Brasil Contemporâneo: colônia. São Paulo: Brasiliense/Publifolha, 2000.
RAVAGNANI, Hebert B. Uma introdução à teoria crítica de Axel Honneth. Intuitio, Porto Alegre, v. 2, n. 3, p. 51-67, 2009.
RAWLS, John. Justiça como equidade: uma reformulação. São Paulo: Martins Fontes, 2001.
RIBEIRO, Marlene. Exclusão: problematizando o conceito. Educação e Pesquisa [online], v. 25, n. 1, p. 35-49, 1999.
ROMANELLI, O. História da educação no Brasil. 21. ed. Petrópolis: Vozes, 2001.
SAAVEDRA, Giovani Agostini; SOBOTTKA, Emil Albert. Introdução à teoria do reconhecimento de Axel Honneth. In: SAAVEDRA, Giovani Agostini; SOBOTTKA, Emil Albert (Org.). Reconhecimento e teoria crítica. Civitas – Revista de Ciências Sociais, Porto Alegre, v. 8, n. 1, p. 9-18, jan./abr. 2008.
SILVEIRA, Denis Coitinho. Teoria da justiça de John Rawls: entre o liberalismo e o comunitarismo. Trans/Form/Ação [online], v. 30, n. 1, p. 169-190, 2007. http://dx.doi.org/10.1590/S0101-31732007000100012
SOTO, Silvia Fernandez. El concepto de pobreza en la teoría Marxista. Serviço Social e Sociedade, São Paulo: Cortez, v. 24, n. 73, p. 5-22, mar. 2003.
STOTZ, Eduardo Navarro. Pobreza e capitalismo. In: VALLA, Vitor V.; STOTZ, Eduardo N.; ALGEBAILE, Eveline B. Para compreender a pobreza no Brasil. Rio de Janeiro: Contraponto; Escola Nacional de Saúde Pública, 2005.
TAYLOR, Charles. A política do reconhecimento. In: TAYLOR, Charles, Argumentos Filosóficos. São Paulo: Edições Loyola, 2000.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
DERECHOS DE AUTOR
La sumisión de originales para la Educação implica la transferencia, por los autores, de los derechos de publicación. El copyright de los artículos de esta revista es el autor, junto con los derechos de la revista a la primera publicación. Los autores sólo podrán utilizar los mismos resultados en otras publicaciones indicando claramente a
Educação como el medio de la publicación original.
CREATIVE COMMONS LICENSE
Debido a que es una revista de acceso abierto, permite el libre uso de artículos en aplicaciones científicas y educativas, siempre y cuando la fuente. De acuerdo con la Licencia Creative Commons CC-BY 4.0, adoptada por la
Educação el usuario debe respetar los requisitos abajo.
Usted tiene el derecho de:
Compartir - copiar y redistribuir el material en cualquier medio o formato.
Adaptar - remezcla, transformar y crear a partir del material para cualquier propósito, incluso con fines comerciales.
Sin embargo, sólo de acuerdo con los siguientes términos:
Asignación - Usted debe dar el crédito apropiado, proveer un enlace a la licencia e indicar si los cambios se han hecho. Debe hacerlo en condiciones razonables, pero de ninguna manera que sugiera que
Educação usted o su uso es compatible.
No hay restricciones adicionales - No se pueden aplicar términos legales o naturaleza tecnológica de las medidas que restringen legalmente hacer algo distinto de los permisos de licencia.
Avisos:
Usted no tiene que cumplir con los términos de licencia con respecto a los elementos materiales que son de dominio público o cuyo uso está permitido por una excepción o limitación que se aplica.
Garantías no se les da. La licencia no le puede dar todos los permisos necesarios para el uso previsto. Por ejemplo, otros derechos, como derechos de imagen, privacidad o derechos morales, pueden limitar el uso del material.
Para obtener más información acerca de la licencia Creative Commons, siga el enlace en la parte inferior de esta página web.