O Relatório MacBride e a gênese do debate internacional sobre trocas desiguais nas indústrias de comunicação
DOI:
https://doi.org/10.15448/1980-3729.2012.3.12892Palavras-chave:
Estudos de cidadania, democratização da comunicação, economia política da comunicação, teoria da estruturaçãoResumo
Por meio de um diálogo entre estudos de cidadania, economia política da comunicação e teoria da estruturação, este artigo analisa os argumentos através dos quais se construiu a intensa atenção internacional à proposta de democratização da comunicação e às trocas desiguais nas indústrias culturais. Durante os anos 70, tal assunto conquistou a agenda de debates, produzindo como ponto alto o Relatório MacBride. Este artigo se concentra em tal texto. No trabalho interpretam-se seus argumentos como uma tentativa de definir o desenvolvimento em termos de um problema capaz de ultrapassar o âmbito técnico ou econômico, transformando-se na defesa de um direito e, por fim analisa-se a construção de tal visão com ênfase na apropriação do princípio de igualdade intrínseco à cidadania como recurso voltado à legitimação de tais ideias.Downloads
Referências
BARBALHO, Alexandre; FUSER, Bruno; COGO, Denise (Org.). Comunicação e cidadania: questões contemporâneas. Fortaleza: Demócrito Rocha, 2011.
BENDIX, Reinhard. Construção social e cidadania: estudos de nossa ordem social em mudança. São Paulo: Edusp, 1996.
BIELSCHOWSKY, Ricardo. Pensamento econômico brasileiro: o ciclo ideológico do desenvolvimento. Rio de Janeiro: Contraponto, 2004.
BOLAÑO, César; BRITTOS, Valério. A televisão brasileira na era digital. São Paulo: Paulus, 2007.
BUSTAMANTE, Enrique. La televisión económica. Barcelona: Gedisa, 1999.
CARLSSON, Ulla. The Rise and Fall of NWICO. From a vision of international regulation to a reality of multilevel governance. Nordicom Review, v. 24, n. 2, pp. 31-68, 2003.
COHEN, Ida. Teoria da Estruturação e Práxis Social. GIDDENS, Anthony; TURNER, Jonathan (Org.). Teoria social hoje. São Paulo: UNESP, 1999.
CORTINA, Adela. Cidadãos do mundo: para uma teoria da cidadania. São Paulo: Loyola, 2005.
GIDDENS, Anthony. A constituição da sociedade. São Paulo: Martins Fontes, 1989.
______. O Estado-Nação e a violência. São Paulo: Edusp, 2001.
______. As consequências da modernidade. São Paulo: UNESP, 1991.
LOVE, Joseph. Raúl Prebisch and the origins of the doctrine of unequal exchange. Latin American Research Review, v. 15 , n. 3, p. 45-72, 1980.
MARSHALL, Thomas. Cidadania, classe social e status. Rio de Janeiro: Zahar, 1967.
MASTRINI, Guillermo; CHARRAS, Diego de. Twenty years mean nothing. Global Media and Communication, v. 1, n. 3, p. 273-288, 2005.
MOSCO, Vincent. The political economy of communication. London: Sage, 2009.
PASQUALI, Antonio. The south and the imbalance in communication. Global Media and Communication, v. 1, n. 3, p. 289-300, 2005.
RODRIGUEZ, Octavio. A teoria do subdesenvolvimento da Cepal. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 1981.
UNESCO. A documentary history of a new world information and communication order seen as an evolving and continuous process, 1975-1986. Paris: UNESCO, [s.d.].
______. Um mundo e muitas vozes: comunicação e informação na nossa época. Rio de Janeiro: FGV, 1983.
WEBER, Max. Economía y sociedad: esbozo de sociología comprensiva. México: Fondo de Cultura Económica, 1964.
Downloads
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Derechos de Autor
La sumisión de originales para la Revista Famecos implica la transferencia, por los autores, de los derechos de publicación. El copyright de los artículos de esta revista es el autor, junto con los derechos de la revista a la primera publicación. Los autores sólo podrán utilizar los mismos resultados en otras publicaciones indicando claramente a Revista Famecos como el medio de la publicación original.
Creative Commons License
Excepto donde especificado de modo diferente, se aplican a la materia publicada en este periódico los términos de una licencia Creative Commons Atribución 4.0 Internacional, que permite el uso irrestricto, la distribución y la reproducción en cualquier medio siempre y cuando la publicación original sea correctamente citada.