A democracia está de olho: do panopticismo ao estado de segurança
DOI:
https://doi.org/10.15448/1980-3729.2015.1.17789Palavras-chave:
Sociedade da vigilância, Panóptico, BiopoderResumo
O ensaio que o leitor tem em mãos é uma tentativa de compreender a medida em que, hoje em dia, estamos vendo o retorno a um sistema de vigilância, visibilidade e exposição que um autor utilitarista como Jeremy Bentham batizou de Panóptico ou "lugar onde tudo é visto". Na verdade, o auge da "sociedade da informação", e o cenário atual de vigilância generalizada intensificada pelo estabelecimento de um Estado de Segurança após o 11 de Setembro, tem implicações nas práticas de controle sobre os indivíduos em uma base diária, o que Deleuze chama de "sociedade de controle", ao mesmo tempo em que contribui para a diluição das fronteiras entre a esfera pública e a esfera privada. Neste sentido, consideramos que é importante se fazer um comentário sobre "sociedades disciplinares", vigilância e o controle de "biopoder", teorizado por Michel Foucault para entender, posteriormente, como as novas tecnologias de vigilância aumentam, exponencialmente, a transparência dos sujeitos.
Downloads
Referências
AGAMBEN, G. O poder soberano e a vida nua – Homo Sacer. Lisboa: Editorial Presença, 1998.
______. État d’Exception – Homo Sacer. Paris: La Seuil, 2003.
ANDREJEVIC, M. Ubiquitous Surveillance. In: BALL; HAGGERTY; LYON. Handbook of Surveillance Studies. New York: Routledge, 2012.
ARENDT, H. A Condição Humana. Lisboa: Relógio D’Água Editores, 2001.
CEYHAN, A. Surveillance as biopower. In: BALL; HAGGERTY; LYON. Handbook of Surveillance Studies. New York: Routledge, 2012.
DELEUZE, G. Post-scriptum sobre as sociedades de controlo. In: Conversações, Fim de Século Edições, 2003. (Colecção Entre vistas).
FOUCAULT, M. História da sexualidade. I – A vontade do saber. Lisboa: Relógio D’Água Editores, 1994a.
______. É preciso defender a sociedade. Lisboa: Livros do Brasil, 2006.
______. Dits et écrits – 1976-1979. Paris: Gallimard, v. III, 1994b.
______. Vigilar y castigar, Nacimiento de la prisón. Madrid: Siglo XXI Editores, 2009.
INNERARITY, D. A sociedade invisível. Lisboa: Teorema, 2004.
LYON, D. El ojo electrónico: El auge de la sociedad de la vigilância. Madrid: Alianza Editorial, 1995.
______. Surveillance Studies: Understanding visibility, mobility and phenetic fix. In: Surveillance & Society, v. 1, n. 1, p. 1-7, 2002.
______. Surveillance, Power and Everyday life. In: AVGEROU, C. et al. The Oxford Handbook of Information and Communication Technologies. Oxford University Press, 2009.
MARX, Gary T. The Surveillance Society: the threat of 1984-style techniques. The Futurist, June 1985.
MATTELART, A. Un Mundo Vigilado. Barcelona: Paidós, 2009.
McLUHAN, M. Compreender-me, conferências e entrevistas. Lisboa: Relógio D’Água Editores, 2009.
MURAKAMI, D.; BALL, K.; LYON, D.; NORRIS, C. “A Report on the Surveillance Society”, For the Information Commissioner by the Surveillance Studies Network, 2006.
O’HARA, K.; SHADBOLT, N. O Espião na Máquina do Café. Lisboa: Plátano Editora, 2009.
ORWELL, G. Mil Novecentos e Oitenta e Quatro. Lisboa: Antígona, 2007.
PRIOR, Hélder. Democracia deliberativa e vigilância electrónica: da participação ao panóptico cibernético, In: Communication Studies, n. 10, 2011.
WINTER, O. Democracia e secretismo. Mira-Sintra: Publicações Europa-América, 2002.
WHITAKER, R. El fin de la privacidad; como la vigilância total se está convirtiendo en realidad. Barcelona: Paidós, 1999.
RELATÓRIO do Parlamento Europeu datado de 11 de Julho de 2001 sobre A existência de um sistema global de intercepção de comunicações privadas e económicas (sistema de intercepção Echelon). Disponível em: http://www.europarl.europa.eu/sides/getDoc.dopubRef=-//EP//NONSGML+REPORT+A5-2001-0264+0+DOC+PDF+V0//PT Acesso em: 10 abr. 2014.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Derechos de Autor
La sumisión de originales para la Revista Famecos implica la transferencia, por los autores, de los derechos de publicación. El copyright de los artículos de esta revista es el autor, junto con los derechos de la revista a la primera publicación. Los autores sólo podrán utilizar los mismos resultados en otras publicaciones indicando claramente a Revista Famecos como el medio de la publicación original.
Creative Commons License
Excepto donde especificado de modo diferente, se aplican a la materia publicada en este periódico los términos de una licencia Creative Commons Atribución 4.0 Internacional, que permite el uso irrestricto, la distribución y la reproducción en cualquier medio siempre y cuando la publicación original sea correctamente citada.