Uma perspectiva sistêmico-discursiva para estudos em comunicação organizacional
DOI:
https://doi.org/10.15448/1980-3729.2016.1.20906Palavras-chave:
Teoria dos Sistemas, Abordagem discursiva, Comunicação OrganizacionalResumo
Este artigo aproxima a teoria dos sistemas de Niklas Luhmann e a abordagem discursiva de Eliseo Verón, com o objetivo de construir um quadro epistêmico-metodológico para subsidiar estudos em comunicação organizacional. São discutidas as noções centrais da teoria sistêmica e os pressupostos da abordagem discursiva, de forma a possibilitar uma síntese da perspectiva sistêmico-discursiva, seus possíveis reflexos sobre a noção de comunicação organizacional, bem como a indicação de possíveis caminhos de investigação. Nessa perspectiva, a comunicação pode ser considerada a essência da organização. Através dela é construída e mantida a distinção fundamental que assegura sua condição sistêmica.Downloads
Referências
BACHUR, João Paulo. Distanciamento e crítica: limites e possibilidades da teoria de sistemas de Niklas Luhmann. Tese (Doutorado em Ciência Política) - Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2009.
BAKHTIN, Mikhail Mikhailovitch. Estética da criação verbal. São Paulo: Martins Fontes, 1992.
CURVELLO, João José A.; SCORFERNEKER, Cleusa Maria A. A comunicação e as organizações como sistemas complexos: uma análise a partir das perspectivas de Niklas Luhmann e Edgar Morin. E-compós: Revista da Associação Nacional dos Programas de Pós-Graduação em Comunicação, v. 11, n. 3, 2008. Disponível em: http://www.compos.org.br/seer/index.php/ecompos/article/viewFile/307/300 Acesso em: 14 mar. 2014.
CURVELLO, João José Azevedo. A perspectiva sistêmico-comunicacional das organizações e sua importância para os estudos da comunicação organizacional. In: KUNSCH, Margarida M. Krohling (Org.). Comunicação organizacional: histórico, fundamentos e processos. São Paulo: Saraiva, 2009. v. 1, p. 91-106.
FOUCAULT, Michel. A ordem do discurso: aula inaugural no Collége de France, pronunciada em 2 de dezembro de 1970. São Paulo: Loyola, 1999.
HENRY, Paul. Os fundamentos teóricos da “Análise Automática do Discurso” de Michel Pêcheux. In: GADET, Françoise; HAK, Tony (Org.) Por uma análise automática do discurso: uma introdução a obra de Michel Pêcheux. Campinas: Edi. Unicamp, 1993.
LEITÃO, Sérgio Proença. Para uma nova teoria da decisão organizacional. RAP, Rio de Janeiro, v. 31, n. 2, p. 91-107, mar./abr. 1997.
LUHMANN, Niklas. Por que uma ”teoria dos sistemas”? In: NEVES, Clarissa E. B.; SAMIOS, Eva M. B. (orgs.). Niklas Luhmann: a nova Teoria dos Sistemas. Porto Alegre: Ed. Universidade/UFRGS, Goethe-Institut/ICBA, 1997a.
_____. Novos desenvolvimentos na teoria dos sistemas. In: NEVES, Clarissa E. B.; SAMIOS, Eva M. B. (Org.). Niklas Luhmann: a nova Teoria dos Sistemas. Porto Alegre: Ed. Universidade/UFRGS; Goethe-Institut/ICBA, 1997b.
_____. O conceito de sociedade. In: NEVES, Clarissa E. B.; SAMIOS, Eva M. B. (Org.). Niklas Luhmann: a nova Teoria dos Sistemas. Porto Alegre: Ed. Universidade/UFRGS, Goethe-Institut/ICBA, 1997c.
_____. Complejidad y modernidade: de la unidad a la diferencia. Madrid: Trotta, 1998.
_____. A realidade dos meios de comunicação de massa. São Paulo: Paulus, 2005a.
_____. The paradox of decision making. In: SEIDL, David. BECKER; Kai H. (Org.). Niklas Luhmann and Organization Studies. Copenhagen: Copenhagen Business School Press, 2005b.
_____. A improbabilidade da comunicação. Lisboa: Vega, 2006.
_____. Introdução à teoria dos sistemas. Petrópolis: Vozes, 2011.
LYOTARD, Jean François. A condição pós-moderna. Rio de Janeiro: José Olympio, 2002.
MAINGUENEAU, Dominique. Análise de textos de comunicação. São Paulo: Cortez, 2008.
MARCONDES FILHO, Ciro. O escavador de silêncios. São Paulo: Paulus Editora, 2004.
_____. Prefácio à edição brasileira: Niklas Luhmann, a comunicação vista por um novo olhar. In: LUHMANN, Niklas. A realidade dos meios de comunicação de massa. São Paulo: Paulus, 2005.
MATURANA, Humberto; VARELA, Francisco. A árvore do conhecimento: as bases biológicas do conhecimento humano. Campinas: Psy II, 1995.
PARSONS, Talcott. The social system. New York: Free Press, 1951.
PÊCHEUX, Michel. Semântica e discurso: uma crítica à afirmação do óbvio. Campinas: Ed. Unicamp, 2009.
RODRIGUES, Leo Peixoto; NEVES, Fabrício Monteiro. Niklas Luhmann: a sociedade como sistema. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2012.
SOARES, Ana Thereza Nogueira. A comunicação organizacional sob o olhar teórico – contribuições de Niklas Luhmann. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE CIÊNCIAS DA COMUNICAÇÃO, 28., 2005, Rio de Janeiro. Anais ... Rio de janeiro: INTERCOM – Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação, 2005, p. 1-12. Disponível em: http://www.intercom.org.br/papers/nacionais/2005/resumos/R0533-1.pdf Acesso em: 08 set. 2014.
SIMON, Herbert A. Comportamento administrativo: estudo dos processos decisórios nas organizações administrativas. Rio de Janeiro: Fundação Getúlio Vargas, 1970.
VERÓN, Eliseo. A produção de sentido. São Paulo: Cultrix; Ed. da USP, 1980.
VERÓN, Eliseo. La semiosis social: fragmentos de uma teoria de la discursividad. Barcelona: Gedisa, 1996.
______. Semiosis de lo ideológico y del poder: la mediatización. Buenos Aires: Oficina de Publicaciones del CBC, 1997a.
______. Esquema para el análisis de la mediatización. Revista Diálogos de la Comunicación, n. 48, 1997b.
______. Fragmentos de um tecido. São Leopoldo: Ed. Unisinos, 2004.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Derechos de Autor
La sumisión de originales para la Revista Famecos implica la transferencia, por los autores, de los derechos de publicación. El copyright de los artículos de esta revista es el autor, junto con los derechos de la revista a la primera publicación. Los autores sólo podrán utilizar los mismos resultados en otras publicaciones indicando claramente a Revista Famecos como el medio de la publicación original.
Creative Commons License
Excepto donde especificado de modo diferente, se aplican a la materia publicada en este periódico los términos de una licencia Creative Commons Atribución 4.0 Internacional, que permite el uso irrestricto, la distribución y la reproducción en cualquier medio siempre y cuando la publicación original sea correctamente citada.