As mulheres em Godard: contrapontos à teoria feminista do cinema em Une Femme est une Femme (1961)
DOI:
https://doi.org/10.15448/1980-3729.2016.3.22912Palavras-chave:
Análise fílmica, Cinema moderno francês, FeminismoResumo
A proposta deste artigo é revisitar a teoria do prazer visual de Laura Mulvey por meio de uma análise do filme Une femme est une femme (1961), de Jean-Luc Godard. O lançamento do filme ocorreu quase quinze anos antes de Mulvey publicar suas ideias, mas ele nos oferece um contraponto a algumas das principais teses da autora. A autoconsciência da narrativa, o estilo antiilusionista de Godard e uma protagonista feminina que controla a ação são elementos que desviam da teoria do olhar masculino no cinema. Desse modo, o filme traz à tona questões que a teoria feminista do cinema viria a discutir décadas depois do artigo de Mulvey, como no exemplo dos estudos de Ann Kaplan sobre as personagens femininas do cinema narrativo dos anos 1980. Para discutir essas questões, o artigo interpreta o filme de acordo com o referencial psicanalítico de Mulvey e Kaplan.
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