Formas de vida na imagem: da indeterminação à inconstância
DOI:
https://doi.org/10.15448/1980-3729.2010.3.7231Palavras-chave:
Biopolítica, cinismo, perspectivismoResumo
Dos shows de realidade aos vídeos pessoais na internet, das redes sociais aos games, dos documentários às experiências de arte contemporânea, a vida ordinária é convocada, estimulada, provocada a participar e interagir, em uma constante performance de si mesma. As imagens tornam-se, assim, um lugar biopolítico, no qual se performam formas de vida. Diante desse diagnóstico, que se compartilha com outros autores, o texto propõe o mapa conceitual, ainda em aberto, de um programa de pesquisa. Para tanto, caracterizamos essa performance no domínio do capitalismo avançado e, mais adiante, no âmbito das culturas ameríndias. A partir desta diferenciação, pretendemos entender melhor alguns impasses do pensamento crítico diante dos modos como, atualmente, a vida se cria e se modula na imagem.Downloads
Referências
AGAMBEN, Giorgio. Homo sacer: o poder soberano e a vida nua I. Trad. Henrique Burigo. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2004.
______. A imanência absoluta. In: ALLIEZ, Éric. Gilles Deleuze: uma vida filosófica. Rio de Janeiro: Ed. 34, 2000a.
______. Form-of-life. In: AGAMBEN, Giorgio. Means Without End: Notes on Politics. Trad. Vincenzo Binetti e Cesare Casarino. Minneapolis: Univ. of Minnesota Press, 2000b.
ARANTES, Paulo. Notícias de uma guerra cosmopolita. In: Arantes, Paulo. Extinção. São Paulo: Boitempo, 2007.
ASPE, Bernard. L’instant d’après: projectiles pour une politique à l’état naissant. Paris: La Fabrique Éditions, 2006.
BARCELOS NETO, Aristóteles et al. O que pretendemos é desenvolver conexões transversais (entrevista de Viveiros de Castro e Marcio Goldman). In: SZTUTMAN, R. (Org.). Encontros: Eduardo Viveiros de Castro. Rio de Janeiro: Beco do Azougue, 2008.
BOLTANSKI, Luc; CHIAPELLO, Ève. Le nouvel esprit du capitalisme. Paris: Éditions Gallimard.
BRUNO, Fernanda. Máquinas de ver, modos de ser: visibilidade e subjetividade nas novas tecnologias de informação e comunicação. Revista Famecos, Porto Alegre, n. 24, p. 110-124, 2004.
DELEUZE, Gilles. A imanência: uma vida. In: Educação e realidade. Porto Alegre, n. 27, v. 2, p. 10-18, jul./dez. 2002.
EHRENBERG, Alain. L’individu incertain. Paris: Hachette, 1995.
______. Le culte de la performance. Paris: Hachette, 1991. FELDMAN, Ilana. O apelo realista: uma expressão estética da biopolítica. In: Encontro da Compós, 12., São Paulo, 2008. Anais... São Paulo: COMPÓS, Unip, jun. 2008.
FOUCAULT, Michel. Sécurité, Territoire, Population: Cours au Collège de France, 1977-1978. Paris: Seuil/Gallimard, 435p., 2004.
______. La vie: l’experience et la science. In: Foucault, M. Dits et écrits II, 1976-1988. Paris: Gallimard, 2001.
GUIMARÃES, César. A singularidade como figura lógica e estética do documentário. Revista Alceu, Rio de Janeiro, v. 7, n. 13, jul./dez. 2006.
LATOUR, Bruno. Nous n’avons jamais été modernes. Paris: La Découverte, 1997.
LISSOVSKY, Mauricio; VAZ, Paulo. Notícias de crime e formação da opinião pública: o caso do referendo sobre o comércio de armas no Brasil. In: LOGOS: Mídia e Democracia, n. 27, ano 14, 2007. Disponível em: http://www.logos.uerj.br/PDFS/27/07_PAULOVAZ_ MAURICIO.pdf Acesso em 2 abr. 2008.
MIGLIORIN, Cézar. Negando o conexionismo: Notas Flanantes e Sábado à Noite ou como ficar à altura do risco real. Revista Significação, São Paulo, n.32, 2009.
RANCIÈRE, Jacques. Le principe d’insecurité. In: RANCIÈRE, Jacques. Chroniques des temps consensuels. Paris: Éditions du Seuil, 2005.
SAFATLE, Vladmir. Cinismo e falência da crítica. São Paulo: Boitempo, 2008.
SIBILIA, Paula. O show do eu: a intimidade como espetáculo. São Paulo: Nova Fronteira, 2008.
SIMONDON, Gilbert. L’individuation psychique et collective. Paris: Aubier, 2007.
VAZ, Paulo. Um corpo com futuro. In: PACHECO, A. et al. (Orgs.). O trabalho da multidão: império e resistências. Rio de Janeiro: Gryphus, Museu da República, 2002.
VIVEIROS DE CASTRO, Eduardo. A inconstância da alma selvagem. São Paulo: Cosac Naify, 2002.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Derechos de Autor
La sumisión de originales para la Revista Famecos implica la transferencia, por los autores, de los derechos de publicación. El copyright de los artículos de esta revista es el autor, junto con los derechos de la revista a la primera publicación. Los autores sólo podrán utilizar los mismos resultados en otras publicaciones indicando claramente a Revista Famecos como el medio de la publicación original.
Creative Commons License
Excepto donde especificado de modo diferente, se aplican a la materia publicada en este periódico los términos de una licencia Creative Commons Atribución 4.0 Internacional, que permite el uso irrestricto, la distribución y la reproducción en cualquier medio siempre y cuando la publicación original sea correctamente citada.