Valores Humanos e Significado do Dinheiro: Um Estudo Correlacional
DOI:
https://doi.org/10.15448/1980-8623.2014.1.12243Palavras-chave:
Valores. Crianças. Psicologia econômica.Resumo
Este estudo teve por objetivo verificar a relação entre os valores humanos e o significado do dinheiro para crianças. Participaram 1.445 estudantes com idade média de 11 anos (dp = 1,09), a maioria do sexo masculino (51%), distribuídos entre as regiões Norte (n = 585) e Nordeste (n = 860) do Brasil. Estes responderam a Escala de Significado do Dinheiro para Crianças (ESDC), Questionário de Valores Básicos Infantis (QVBI) e questões demográficas. Os resultados indicaram diferenças com relação à variável sexo e a região de moradia. Assim como, correlação entre o fator felicidade e a subfunção realização (r = 0,28); os fatores solidão e altruísmo com a subfunção suprapessoal (r = 0,13 e 0,26, respectivamente); e, por fim, o fator exclusão com a subfunção normativa (r = -0,08). Conclui-se que os valores humanos infantis, o sexo e o contexto regional influenciam no significado do dinheiro.Downloads
Referências
Andrade, P. R. (2002). Correlatos valorativos da preferência por desenhos animados: compreendendo a justificativa da agressão. Dissertação de Mestrado. Departamento de Psicologia, Universidade Federal da Paraíba.
Barth, F. D. (2001). Money as a tool for negotiating separateness and connectedness in the therapeutic relationship. Clinical social work journal, 29(2), 79-93.
Beckmann, A. C. M. (2003). Relação entre eventos afetivos e financeiros a partir da metodologia de eventos significativos na linha de vida de idosos. Trabalho de conclusão de curso não publicado. Universidade Federal do Pará.
Benedict, R. (1934). Padrões de cultura. Lisboa: Livros do Brasil.
Figueiredo, L. V. (2010). Lições de Direito Econômico (3ª ed.). Rio de Janeiro: Forense.
Furnham, A. (1996). Attitudinal correlates and demografic predictors of monetary beliefs and behaviours. Journal of Organizational Behavior, 17(4), 375-388.
Gouveia, V. V. (1998). La naturaleza de los valores descriptores del individualismo e del colectivismo: una comparación intra e intercultural. Tese de Doutorado. Departamento de Psicologia Social, Universidade Complutense de Madri, Espanha.
Gouveia, V. V., Fonseca, P. N., & Milfont, T. L.; Fischer, R. (2011). Valores humanos: Contribuições e perspectivas teóricas. In C. V. Torres; E. R. Neiva (Eds.). A psicologia social: principais temas e vertentes. Porto Alegre: ArtMed.
Gouveia, V. V., Milfont, T. L., Fischer, R., & Coelho, J. A. P. M. (2009). Teoria funcionalista dos valores humanos: Aplicações para organizações. Revista de Administração Mackenzie, 10, 34-59.
Gouveia, V. V., Milfont, T. L., Fischer, R., & Santos, W. S. (2008). Teoria funcionalista dos valores humanos. In M. L. M. Teixeira (Ed.). Valores humanos e gestão: novas perspectivas (pp. 47-80). São Paulo: Senac.
Gouveia, V. V., Santos, W. S., Milfont, T. L., Fischer, R., Clemente, M., & Espinosa, P. (2010). Teoría funcionalista de los valores humanos en España: comprobación de las hipótesis de contenido y estructura. Interamerican Journal of Psychology, 44, 203-214.
Gouveia, V. V., Vasconcelos, T. C., Queiroga, F., França, M. L. P., & Oliveira, S. F. A. (2003). Dimensão social da responsabilidade pessoal. Psicologia em Estudo, 8(2), 123-131.
Gusmán, F. G. H. (2000). Dinero y psicología social: la dimensión simbólica de la moneda. In D. Caballero; M. T. Méndez; J. Pastor (Eds.). La mirada psicosocioógica: grupos, procesos, lenguajes y culturas. Madrid: Biblioteca Nueva.
Inglehart, R. (1977). The silent revolution: Changing values and political styles among Western publics. Princeton, NJ: Princeton University Press.
Krueger, D. (1986). The last taboo: Money as symbol and reality in psychoterapy and pshcyoanalysis. New York: Brunner Mazel.
Maslow, A. H. (1954). Motivation and personality. New York: Harper and Row.
Moreira, A. (2000). Valores e dinheiros: um estudo transcultural das relações entre prioridades de valores e significado do dinheiro para indivíduos. Tese de doutorado não publicada. Universidade de Brasília, Brasília.
Rinaldi, E., & Giromini, E. (2001). Money socialization tracks and gender differences: A study on italian children. Paper apresentado no Congresso IAREP.
Rokeach, M. (1973). The nature of human values. New York: Free Press.
Ros, M. (2006). Psicologia social dos valores humanos: Uma perspectiva histórica. In M. Ros; V. V. Gouveia (Orgs.). Psicologia social dos valores humanos: desenvolvimentos teóricos, metodológicos e aplicados. São Paulo: Senac.
Schwartz, S. H. (1992). Universal in the content and structure of values: Theoretical advances and empirical tests in 20 countries. In M. P. Zanna (Ed.). Advanced in experimental social psychology. New York: Academic Press.
Super, C., & Harkness, S. (1986). The developmental niche: a conceptualization at the interface of child and culture. International journal of development, 9, 545-569.
Tang, D. S. H. (1992). The meaning of money revisited. Journal of Organizational Behavior, 13(2), 197-202.
Távora, G. (2003). As relações entre significado do dinheiro e significado do salário para motoristas e cobradores de empresa de transporte público. Dissertação de Mestrado, Universidade Federal do Pará.
Thierry, H. (1992). Payment: Which meanings are rewarding? American behavioral scientist, 35(6), 694-707.
Van Der Geest, S. (1997). Money and respect: the changing value of old age in rural Ghana. África, 67(4), 535-559.
Webley, P. (1983). Growing up in the modern economy. Paper apresentado no the 6th International Conference on Political Psychology, Oxford.
Webley, P., & Lea, S. E. G. (1993). The partial unacceptability of money in repayment for neighborly help. Human Relations, 46(1), 65-76.
Wernimont, P. F., & Fitzpatrick, S. (1972). The meaning of money. Journal of Applied Psychology, 56, 218-226.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Direitos Autorais
A submissão de originais para a Psico implica na transferência, pelos autores, dos direitos de publicação. Os direitos autorais para os artigos publicados nesta revista são do autor, com direitos da revista sobre a primeira publicação. Os autores somente poderão utilizar os mesmos resultados em outras publicações indicando claramente a Psico como o meio da publicação original.
Licença Creative Commons
Exceto onde especificado diferentemente, aplicam-se à matéria publicada neste periódico os termos de uma licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional, que permite o uso irrestrito, a distribuição e a reprodução em qualquer meio desde que a publicação original seja corretamente citada.