Validade da Estrutura Fatorial de Uma Bateria de Avaliação de Altas Habilidades
DOI:
https://doi.org/10.15448/1980-8623.2014.1.13636Palavras-chave:
Superdotados. Inteligência. Criatividade. Avaliação psicológica. Testes psicológicos.Resumo
O tema das altas habilidades/superdotação, no cenário da avaliação psicológica, tem se constituído um desafio, haja vista a sua multidimensionalidade. Nesse estudo buscou-se investigar a validade de construto da Bateria para Avaliação das Altas Habilidades. Participaram desta pesquisa 588 alunos do 2º ano do ensino fundamental ao 3º ano do ensino médio, ambos os sexos, divididos em grupo controle (N = 470) e grupo critério (N = 118), com média de idade de 11,11 anos. O instrumento foi composto por quatro subtestes de inteligência (Raciocínio Verbal, Abstrato, Numérico e Lógico) e dois subtestes de criatividade (Completando Figuras e Criação de Metáforas). Obteve-se através da análise fatorial exploratória, três fatores explicando 70,72% da variância total, representando uma medida de criatividade verbal, uma medida de inteligência e uma última, de criatividade figural. No geral, foram observadas correlações baixas entre os fatores. Conclui-se que o instrumento apresentou validade de construto para avaliação dos construtos envolvidos no fenômeno.Downloads
Referências
Aguirre, K., & Conners, F. (2010). Creativity and intelligence in preschoolers: preliminary findings. The University of Alabama McNair Journal. Recuperado em 15 de março, 2013, de http://graduate.ua.edu/mcnair/journals/2010/Aguirre.pdf
Albert, R.S., & Runco, M. A. (1999). A history of research on creativity. In R.J. Sternberg. Handbook of creativity (pp. 16-31). Cambridge: Cambridge University Press.
Almeida, M. A., & Capellini, V. L. M. F. (2005). Alunos talentosos: possíveis superdotados não identificados. Educação, 1(55), 45-64.
Barros, D. P., Primi, R., Miguel, F. K., Almeida, L., & Oliveira, E. P. (2010). Metaphor creation: A measure of creativity or intelligence? European Journal of Education and Psychology, 3(1), 103-115.
Batey, M., & Furnham, A. (2006). Creativity, intelligence and personality: a critical review of the scattered literature. Genetic, Social and General Psychology Monographs, 132(4), 355-429.
Bracken, B. A., & Brown, E. F. (2006). Behavioral identification and assessment of gifted and talented students. Journal of Psychological Assessment, 24(2), 112-122.
Clapham, M. M. (2004). The convergent validity of the Torrance Tests of Creative Thinking and Creative Interest Inventories. Educational and Psychological Measurement, 64, 828-841.
Colom, R. (2008). Nos limites da inteligência: é o ingrediente do êxito na vida? (C. E. Flores-Mendoza & F.M. Franco, trad.). São Paulo: Vetor.
Cramond, B., Matthews-Morgan, J., Bandalos, D., & Zuo, L. (2005). A report on the 40-year follow-up of the Torrance Tests of Creative Thinking. Gifted Child Quarterly, 49, 283-356.
Elisondo, R. C., & Donolo, D. S. (2010). ¿Creatividad o inteligencia? That is not the question. Anales de Psicología, 26(2), 220-225.
Gardner, H (2001). Inteligência: um conceito reformulado. Rio de Janeiro: Objetiva.
Getzels, J. W., & Jackson, P. W. (1962). Creativity and intelligence: explorations with gifted students. Wiley, NY.
Gonçalves, F. C., & Fleith, D. F. (2011). Estudo comparativo entre alunos superdotados e não superdotados em relação à inteligência e criatividade. Psico, 42(2), 263-268.
Gridley, B. E., & Treloar, J. H. (1984). The validity of the scales for rating the behavioral characteristics of superior students for the identification of gifted students. Journal of Psychoeducational Assessment, 2(1), 65-71.
Hattie, J., & Rogers, H.J. (1986). Factor Models for Assessing the Relation Between Creativity and Intelligence. Journal of Educational Psychology, 78(6), 482-485.
Holling, H., & Kuhn, J. T. (2008). Does intellectual giftedness affect the factor structure of divergent thinking? Evidence from a MG-MACS analysis. Psychology Science Quarterly, 50(2), 283-294.
Kim, K. H. (2005). Can only intelligent people be creative? A meta-analysis. The Journal of Secondary Gifted Education, 16, 57-66.
Kim, K. H. (2011). The APA 2009 division 10 debate: are the Torrance Tests of Creative Thinking still relevant in the 21st century? Psychology of Aesthetics, Creativity, and the Arts.[Online publication].
Li, H., Lee, D., Pfeiffer, S. I., Kamata, A., Kumtepe, A. T., & Rosado, J. (2009). Measurement invariance of the Gifted Rating Scales – school form across five cultural groups. School Psychology Quaterly, 24(3), 186-198.
MEC (2010). Políticas Públicas para as Altas Habilidades/Superdotação. Recuperado em 01 de março 2013, de http://www.senado.gov.br/web/comissoes/CE/AP/AP20080626_ superdotados_Cl%C3%A1udiaGriboski.pdf
Muthén, L. K., & Muthén, B. O. (2010). Mplus User’s Guide (6ª ed.). Los Angeles, CA: Muthén & Muthén.
Nakano, T. C., & Brito, M. E. (no prelo). Avaliação da criatividade a partir do controle do nível de inteligência em uma amostra de crianças. Temas em Psicologia.
Nakano, T. C., & Primi, R. (2012). Bateria de avaliação das altas habilidades. Não publicado.
Pereira, M. (2001). Inteligência e criatividade: duas trajectórias alternativas para as crianças sobredotadas? Psicologia: Teoria, Investigação e Prática, 6(1), 171-188.
Pfeiffer, S. I., & Blei, S. (2008). Gifted identification beyond the IQ test: rating scales and other assessment procedures. In S. I. Pfeiffer (Org.). Handbook of giftedness in children: psycho-educational theory, research and best practices (pp. 177-198). New York: Springer.
Plucker, J. A. (1999). Is the proof in the pudding? Reanalyses of Torrance’s (1958 to present) longitudinal data. Creativity Research Journal, 12, 103-114.
Preckel, F., Holling, H., & Wiese, M. (2006). Relationship of intelligence and creativity in gifted and non-gifted students: An investigation of threshold theory. Personality and Individual Differences, 40, 159-170.
Primi, R., Miguel, F., Couto, G., & Muniz, M. (2007). Precisão de avaliadores na avaliação da criatividade por meio da produção de metáforas. Psico-USF, 12(2), 197-210.
Renzulli, J. S. (1978). What makes giftedness? reexamining a definition. Phi Delta Kappan, 60(5), 180-184.
Renzulli, J. S. (2004). O que é esta coisa chamada superdotação, e como a desenvolvemos? Uma retrospectiva de vinte e cinco anos. Revista Educação, 52(1), 75-131.
Rindermann, H., & Neubauer, A. C. (2004). Processing speed, intelligence, creativity, and school performance: Testing of causal hypotheses using structural equation models. Intelligence, 32, 573-589.
Roazzi, A., Dias. M. G. B. B., Athias, R., Brandão, M. C., Souza, B. C., & O’Brien, D. (2007). Inteligência, processos mentais e contexto cultural. In A. A. Candeias & L. S. Almeida (Orgs.). Inteligência humana: investigação e aplicações (pp. 19-50). Évora: Quarteto.
Silvia, P. J. (2011). Subjective scoring of divergent thinking: examining the reliability of unusual uses, instances and consequences tasks. Thinking Skills and Creativity, 6, 24-30.
Silvia, P. J., Winterstein, B. P., & Willse, J. T. (2008). Rejoinder: The Madness to Our Method: Some Thoughts on Divergent Thinking. Psychology of Aesthetics, Creativity, and the Arts, 2(2), 109-114.
Silvia, P. J., & Beaty, R. E. (2012). Making creative metaphors: the importance of fluid intelligence for creative thought. Intelligence, 40(4), 343-354.
Sternberg, R. J. (1977). A Component Process in Analogical Reasoning Psychological Review, 84(4), 353-378.
Sternberg, R. J. (1984). What should intelligence tests test? Implications of a triarchic theory of intelligence for intelligence testing. Educational Researcher, 13, 5-15.
Sternberg, R. J. (2005). The theory of sucessfull intelligence. Interamerican Journal of Psychology, 39(2), 189-202.
Sternberg, R. J., & O’Hara, L. A. (2000). Intelligence and creativity. In R. J. Sternberg (Ed.). Handbook of intelligence (pp. 611-630). New York, NY: Cambridge University Press.
Wechsler, S. M. (2002). Avaliação da criatividade por figuras e palavras. Teste de Torrance, versão brasileira. LAMP/PUC. Campinas: Impressão Digital do Brasil Gráfica e Editora.
Wechsler, S. M., Nakano, T. C., Nunes, M. F. O., & Minervino, C. A. M. (2010). Avaliação cognitiva de crianças e jovens: aspectos multidimensionais. In C. S. Hutz (Org.). Avanços em avaliação psicológica e neuropsicológica de crianças e adolescentes
(pp. 31-68). São Paulo: Casa do Psicólogo.
Wechsler, S. M., Nunes, M. F. O., Schelini, P. W., Ferreira, A. A., & Pereira, D. A. P. (2010). Criatividade e inteligência: analisando semelhanças e discrepâncias no desenvolvimento. Estudos de Psicologia, 15(3), 243-250.
Zeng, L., Proctor, R. W., & Salvendy, G. (2011). Can traditional divergent thinking tests be trusted in measuring and predicting real-world creativity? Creativity Research Journal, 23(1),
-37.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Direitos Autorais
A submissão de originais para a Psico implica na transferência, pelos autores, dos direitos de publicação. Os direitos autorais para os artigos publicados nesta revista são do autor, com direitos da revista sobre a primeira publicação. Os autores somente poderão utilizar os mesmos resultados em outras publicações indicando claramente a Psico como o meio da publicação original.
Licença Creative Commons
Exceto onde especificado diferentemente, aplicam-se à matéria publicada neste periódico os termos de uma licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional, que permite o uso irrestrito, a distribuição e a reprodução em qualquer meio desde que a publicação original seja corretamente citada.