Análise de Controvérsias no Campo da Saúde Mental a partir de uma Pesquisa-Intervenção: Para uma Política dos Fazeres em Campos de Saberes Heterogêneos
DOI:
https://doi.org/10.15448/1980-8623.2014.4.17020Palavras-chave:
Saúde mental, Pesquisa-intervenção, Política dos fazeres.Resumo
A partir do referencial foucaultiano e institucionalista, este artigo busca analisar uma experiência de construção de um sítio na internet com uma equipe de Saúde Mental localizada em um antigo hospital psiquiátrico de Porto Alegre. A pesquisa-intervenção objetivou por em evidência os desafios e controvérsias do trabalho efetuado pela equipe em relação às formas de cuidado em saúde mental. As análises realizadas destacaram as controvérsias advindas de discursos de bases epistemológicas distintas em relação às concepções de cuidado em saúde mental. Conclui-se que o desencontro de posições epistemológica pode não ser impeditivo para um trabalho em equipe desde que exista uma política dos fazeres capaz de gerar, em ato, coletivos de ação.Downloads
Referências
Brasil. (1990). Lei Federal nº 8080 de 19 de setembro de 1990. Dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos serviços correspondentes e dá outras providências. Brasilia, 1990. Recuperado em 20 mar. 2014 de http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8080.htm.
Brasil. (1990). Estatuto da Criança e do Adolescente. Lei Federal 8069/1990. Recuperado em 16 mar. 2014 de http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8069.htm.
Brasil. (1992). Lei Estadual nº 9.716, de 07 de agosto de 1992 que dispõe sobre a Reforma Psiquiátrica no Rio Grande do
Sul. Ministério da Saúde. Legislação em Saúde Mental:
-2004. Brasília, 2005. Recuperado em 19 mar. 2014 de http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/Legislacao.pdf.
Brasil.(2001). Lei Federal nº 10.216 de 06 de abril de 2001. Dispõe
sobre a proteção e os direitos das pessoas portadoras de trans-
tornos mentais e redireciona o modelo assistencial em saúde mental. In: Ministério da Saúde. Legislação em Saúde Mental: 1999 – 2004.
Brasília, 2005. Recuperado em 20 mar. 2014
de http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/Legislacao.
pdf.
Brasil (2002). Portaria do Ministério da Saúde nº 336 de 19 de fevereiro de 2002. Dispõe sobre os Centros de Atenção Psicossocial. Brasília. Recuperado em 15 mar. 2014 de http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/Portaria%20GM%
-2002.pdf.
Brasil. (2012). Projeto de Lei nº 3365 de 07 de março de 2012. Altera o art. 29 do Decreto-Lei nº 891, de 1938, que prevê a possibilidade de internação compulsória de dependentes de drogas ou álcool. Brasilia, 2012. Recuperado em 24 mar. 2014 de http://www.camara.gov.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra;jsessionid=CE67D69EF95B39DDB3B044421345C52B.node1?codteor=968002&filename=PL+3365/2012.
Couto, L., Schimith, P., & Araújo, M. (2013). Psicologia em ação no SUS: interdisciplinaridade posta à prova Psicol. cienc. prof. (Brasília), 33(2). Recuperado em 14 ago. 2014 de http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1414-98932013000200018&script=sci_arttext.
Dias, R. O (2011). Pesquisa-intervenção, cartografia e estágio supervisionado na formação de professores. Fractal, Rev. Psicol., 23(2), 269-289.
Evaristo, P. (2000). Psiquiatría y salud mental. Trieste: Asterios Editore.
Foucault, M. (2010) A história da loucura na idade clássica. São Paulo: Perspectiva.
Foucault, M. (2011). O sujeito e o poder. In: D. Hubert & P. Rabinow. Foucault: uma trajetória filosófica. Rio de Janeiro: Forense Universitária.
Foucault, M. (2012). Microfísica do poder. Rio de Janeiro, Graal.
Kastrup, V. (2009). O funcionamento da atenção no trabalho do cartógrafo. In: E. Passos, V. Kastrup, & L. Escóssia (Orgs.). Pistas do método da cartografia: pesquisa-intervenção e produção de subjetividade. Porto Alegre: Sulina.
Lourau, R. (2004). Objeto e método da análise institucional. In S. Altoé (Org.). René Lourau: analista institucional em tempo integral (pp. 66-86). São Paulo: Hucitec.
Maurente, V.S., Maraschin, C. (2014). Pesquisa-intervenção e ética: a proteção da identidade dos participantes e a necessidade da devolução do conhecimento produzido. In D. J. Francisco, & L. Santana. Problematizações éticas em pesquisa. Maceió, Edufal.
Nunes, E., Ferreto, L., Oliveira, A., Nascimento, J., Barros, N., & Castellanos, M. (2010). O campo da Saúde Coletiva na perspectiva das disciplinas. Ciência e Saúde Coletiva, 15(4), 1917-1922.
Passos, E. (2012) A oficina como tecnologia de coprodução. In A. L. Palombini, C. Maraschin, & S. Moschen. Tecnologias em Rede: oficinas de fazer saúde mental (pp. 167-172). Porto Alegre: Sulina.
Paulon, S. & Romagnoli, R. (2010) Pesquisa-intervenção e cartografia: melindres e meandros metodológicos. Estudos e pesquisas em psicologia (UERJ, Rio de Janeiro), 10, 85-102.
Rocha, M. L. & Aguiar, K. F. (2010). Entreatos: percursos e construções da psicologia na rede pública de ensino. Estudos e pesquisas em psicologia (UERJ, Rio de Janeiro), 10, 85-102.
Scisleski, A. (2006). “Entre se quiser, saia se puder”: o percurso dos jovens pelas redes sociais e a internação psiquiátrica. Dissertação de Mestrado. Programa de Pós-Graduação em Psicologia Social e Institucional. Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre.
Scisleski, A., Maraschin, C., & Silva, R. N. (2008). Manicômio em circuito: os percursos dos jovens e a internação psiquiátrica. Cad. Saúde Pública, 24(2), 342-352.
Yasui, S. (2011). Conhecendo as origens da reforma psiquiátrica brasileira: as experiências francesa e italiana. História, Ciências, Saúde (Rio de Janeiro), 18(2), 585-589.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Direitos Autorais
A submissão de originais para a Psico implica na transferência, pelos autores, dos direitos de publicação. Os direitos autorais para os artigos publicados nesta revista são do autor, com direitos da revista sobre a primeira publicação. Os autores somente poderão utilizar os mesmos resultados em outras publicações indicando claramente a Psico como o meio da publicação original.
Licença Creative Commons
Exceto onde especificado diferentemente, aplicam-se à matéria publicada neste periódico os termos de uma licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional, que permite o uso irrestrito, a distribuição e a reprodução em qualquer meio desde que a publicação original seja corretamente citada.