Percepção de Moradores de uma Cidade Sede sobre a Copa do Mundo de Futebol 2014
DOI:
https://doi.org/10.15448/1980-8623.2015.2.17360Palavras-chave:
Psicologia Ambiental, Percepção social, Ambiente urbano, Copa do mundo de futebol 2014.Resumo
A Copa do Mundo de Futebol 2014, realizada no Brasil, provocou expectativa sobre o resultado final, principalmente pelos impactos gerados durante sua preparação. O objetivo desta pesquisa foi investigar a percepção ambiental dos moradores da cidade do Natal/RN acerca das mudanças decorrentes da realização do megaevento. Responderam voluntariamente o questionário 214 residentes de diferentes áreas da Região Metropolitana. A média de idade entre os participantes foi de 35 anos. 53% dos participantes era do sexo masculino e a maioria tinha grau de instrução entre médio e superior. De forma geral, os participantes avaliaram mais positivamente as mudanças na cidade durante a realização do evento do que após o término. As áreas de turismo, emprego e imagem da cidade (propaganda) foram as mais bem avaliadas. Trânsito apresentou as menores avaliações nos dois momentos. Conclui-se que os participantes não acreditam em melhorias obtidas com a realização do evento.
Downloads
Referências
Alverga, A., & Dimenstein, M. (2009). Turismo e consumo dos cidades: apontamentos sobre o biopoder. Mal-estar e subjetividade 9(1), 277-311.
Aquino, F., & Ferrari, C. M. (2013). Gol de quem? A comunicação e o turismo na Copa do Mundo Brasil 2014. Revista Hospitalidade, 1(1), 97 - 120.
American Psychological Association. (2002). Ethical principles of psychologists and code of conduct. American Psychologist, 57(12), 1060-1073.
Brasil (2001). Lei n. 10.257, de 10 de julho de 2001. Regulamenta os arts. 182 e 183 da Constituição Federal, estabelece diretrizes gerais da política urbana e dá outras providências. Brasília, DF. Acesso em 13 maio, 2014. Disponível em http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/leis_2001/l10257.htm
Carvalho, M. (2000). Cidade Global: anotações críticas sobre um conceito. São Paulo em Perspectiva,14(4), 70-82. (Doi:10.1590/S0102-88392000000400008).
Castro, E. A. S. (2012). Segregação socioespacial, constituição do sujeito e significação do cotidiano. Psicologia & Sociedade, 24(1), 75-83. (Doi:10.1590/S0102-71822012000100009)
César, J. A. G. A. (2013). Modificações no Ambiente Sócio-físico entre 2005 e 2011: A percepção dos moradores de Itapuama, Cabo de Santo Agostinho/Pernambuco (Dissertação de Mestrado não publicada).
Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), Natal/RN, Brasil.
Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo. (2011). Infraestrutura Turística e Megaeventos. Rio de Janeiro: CNC.
Corbetta, P. (2007). Metodología y técnicas de investigación social. Madri: Mc Graw.
Devine-Wright, P., & Howes, Y. (2010). Disruption to place attachment and the protection of restorative environments: A wind energy case study. Journal of environmental Psychology, 30(3), 271-280.
Cristo, F. (2013). O hábito de usar automóvel tem relação com o transporte coletivo ruim? (Tese de Doutorado não publicada). Universidade de Brasília (UnB), Brasília/DF, Brasil.
Domingues, E. P., Betarelli Junior, A. A., & Magalhães, A. S. (2011). Quanto Vale o Show? Impactos Econômicos dos Investimentos da Copa do Mundo 2014 no Brasil. Estudos Econômicos, 41(2), 409-439. (Doi:10.1590/S0101-41612011000200008)
Galeano, E. (2006). El fútbol a sol y sombra. Madrid: Siglo XXI.
Gastal, S. (2006). Alegorias Urbanas: o passado como subterfúgio. Campinas: Papirus.
Gonçalves, G. R. (2013). A lógica do “elefante branco”: obsolescência programada do espaço na Copa de 2014. Ateliê Geográfico, 7(3), 240-256.
Gifford, R., Scannell, L., Kormos. C., Smolova, L., Biel. A., Boncu, S., ... Uzzell, D. (2009). Temporal pessimism and spatial optimism in environmental assessments: An 18-nation study. Journal of Environmental Psychology, 19(1), 1-12.
(Doi:10.1016/j.jenvp.2008.06.001)
Hall, C. M. (1992). Hallmark Tourist Events: Impacts, Management and Planning. London, Belhaven Press.
Harvey, D. (2008). El Derecho a la ciudad. New Left Review, 53, 23-40.
Ivo, A. B. L., & Brito, G. A. (2011). "Una nueva copa en un nuevo país" Intervenciones urbanas y creación de ciudades para el Mundial de Fútbol Brasil 2014. Revista Bitácora Urbano Territorial, 18(1), 39-54, 2011.
Kuhnen, A. (2011). Percepção Ambiental. In S. Cavalcante, G. A Elali. (Orgs.), Temas básicos em psicologia ambiental, (pp.250-266). Petrópolis: Vozes.
Lewicka, M. (2011). On the variants of people’s relationships with places: Hummon’s typology revisited. Environment and Behavior, 43(5), 676-709.
Lynch, K. (2009). A imagem da cidade. Lisboa: Edições 70 LDA.
Maranhão, C. H. S., & Pequeno, E. A. (2012). Uma análise da participação popular no projeto Natal Copa 2014. Turismo: Estudos & práticas, 1(1), 05-26.
Moreno, A. (1999). El significado psicológico de conceptos relativos a la educación ambiental. Revista Interamericana de Educación de Adultos, 1, 93-114.
Preuss, H. (2013). The Contribution of the FIFA World Cup and the Olympic Games to Green Economy. Sustainability, 5, 3581-3600. (Doi:10.3390/su5083581)
Ribeiro, L. C., & Junior, O. (2011). Desafios da questão urbana na perspectiva do direito à Cidade. In O. Junior, A. C. Christovão, & P.
Novaes (Orgs.), Políticas públicas e direito à cidade: programa interdisciplinar de formação de agentes sociais e conselheiros municipais (pp. 11-16). Rio de Janeiro: Letra Capital.
Reis, R. M., Telles, S. C. C., & DaCosta L. P. (2013). Estádios da copa de
: perspectivas de um legado. Pensar a Prática, 16(2), 320-618. (Doi 10.5216/rpp.v16i2.17712)
Soares, P. R. R. (2013). Megaeventos esportivos e o urbano: a copa do mundo de 2014 e seus impactos nas cidades brasileiras. Revista FSA, 10, (4), 195-214.
Tuan, Y. (1983). Espaço e lugar: a perspectiva da experiência. São Paulo: DIFEL.
Vidal, T. & Pol, E. (2005). La apropiación del espacio: uma propuesta teórica para comprender la vinculación entre las personas y los lugares. Anuario de Psicologia, 36(3), 281-297.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Direitos Autorais
A submissão de originais para a Psico implica na transferência, pelos autores, dos direitos de publicação. Os direitos autorais para os artigos publicados nesta revista são do autor, com direitos da revista sobre a primeira publicação. Os autores somente poderão utilizar os mesmos resultados em outras publicações indicando claramente a Psico como o meio da publicação original.
Licença Creative Commons
Exceto onde especificado diferentemente, aplicam-se à matéria publicada neste periódico os termos de uma licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional, que permite o uso irrestrito, a distribuição e a reprodução em qualquer meio desde que a publicação original seja corretamente citada.