Hábito: Por que Devemos Estudá-lo e o que Podemos Fazer?

Autores

  • Fábio de Cristo Universidade de Brasília (UnB) Centro Universitário de Brasília (UniCEUB)
  • Hartmut Günther Universidade de Brasília (UnB)

DOI:

https://doi.org/10.15448/1980-8623.2015.2.17816

Palavras-chave:

Hábito, Automatismo, Comportamento pró-ambiental, Comportamento de viagem, Medida psicológica.

Resumo

Neste artigo, o hábito é apresentado como um conceito útil para tornar duradouros os comportamentos em prol do meio ambiente (e.g., usar transporte público). O hábito é um comportamento aprendido que, após ser repetido várias vezes, tornou-se automático, isto é, com pouca ou nenhuma deliberação do indivíduo. Alivia o esforço cognitivo do indivíduo de ponderar sempre os prós e contras das mais diversas situações. São comportamentos estáveis e difíceis de romper. Esta revisão aborda a formação e a manutenção do hábito, assim como são apresentadas quatro medidas psicológicas existentes. Ao final, discutem-se possíveis intervenções, utilizando-se o transporte como exemplo. As intervenções visam a incentivar a construção de novos hábitos que protegem o meio ambiente e a minimizar a força de hábitos antigos indesejados. Neste cenário, o hábito ganha relevância e pode ser mais uma ferramenta para enfrentar os desafios relativos à promoção de comportamentos ambientais relevantes.

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Biografia do Autor

Fábio de Cristo, Universidade de Brasília (UnB) Centro Universitário de Brasília (UniCEUB)

Doutor em Psicologia Social, do Trabalho e das Organizações pela Universidade de Brasília (UnB). Pesquisador colaborador da UnB (Laboratório de Psicologia Ambiental). Professor do Centro Universitário de Brasília (UniCEUB).

Hartmut Günther, Universidade de Brasília (UnB)

Doutor em Psicologia Social pela University of California at Davis. Professor titular da Universidade de Brasília. Coordenador do Laboratório de Psicologia Ambiental.

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Publicado

2015-04-22

Como Citar

Cristo, F. de, & Günther, H. (2015). Hábito: Por que Devemos Estudá-lo e o que Podemos Fazer?. Psico, 46(2), 233–242. https://doi.org/10.15448/1980-8623.2015.2.17816

Edição

Seção

Artigos