Documentos de domínio público como produtos e autores sociais

Autores

  • Jefferson de Souza Bernardes
  • Vera Sonia Mincoff Menegon

Resumo


Considerando os documentos de domínio público como práticas discursivas, este artigo discute a importância que esses documentos têm na formatação de estratégias de governamentalidade. Essa argumentação é fundamentada por duas pesquisas realizadas pelos autores. A primeira discute linguagem na perspectiva pragmática de Levinson, articulando o conceito de interanimação dialógica de Bakhtin. Como exemplo utiliza-se a análise de documentos que expõem o debate da formação em Psicologia no Brasil, discutindo-se permanências, rupturas e cooptações das políticas públicas educacionais. A análise da segunda pesquisa foca as linguagens sociais, na perspectiva de Bakhtin, articulando a noção de governamentalidade de Foucault e o argumento de Rose, para quem a linguagem é constitutiva de estratégias de governamentalidade. O exemplo vem da análise de documentos de consentimento informado para reprodução humana assistida, que mostra a ambigüidade da linguagem dos riscos e dos direitos, xplicitando ser a prática social do consentimento uma estratégia de governamentalidade.
Palavras-chave: Linguagem; pragmática; interanimação dialógica; documentos; governamentalidade.

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Biografia do Autor

Jefferson de Souza Bernardes

Jefferson de Souza Bernardes – Doutor em Psicologia Social e Professor do Curso de Psicologia da Universidade Federal do Alagoas (UFAL).

Vera Sonia Mincoff Menegon

Doutora em Psicologia Social e Professora na Pós-Graduação da Universidade Católica Dom Bosco (UCDB), Campo Grande, MS.

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Publicado

2007-10-04

Como Citar

Bernardes, J. de S., & Menegon, V. S. M. (2007). Documentos de domínio público como produtos e autores sociais. Psico, 38(1). Recuperado de https://pucrs.emnuvens.com.br/revistapsico/article/view/1919

Edição

Seção

Artigos