Efeito de configuração no apoio ao casamento de pessoas do mesmo sexo em universitários brasileiros

Autores

  • Angelo Brandelli Costa Pontifícia Católica do Rio Grande do Sul http://orcid.org/0000-0002-0742-8152
  • Ramiro Figueiredo Catelan Universidade Federal do Rio Grande do Sul
  • Camilla Lima de Araujo Universidade Federal de Sergipe
  • Joilson Pereira da Silva Universidade Federal de Sergipe
  • Silvia Helena Koller Universidade Federal do Rio Grande do Sul
  • Henrique Caetano Nardi Universidade Federal do Rio Grande do Sul

DOI:

https://doi.org/10.15448/1980-8623.2017.2.24421

Palavras-chave:

efeito de configuração, preconceito, homoafetividade, homossexualidade, casamento

Resumo

Efeito de configuração refere-se ao impacto que a forma de apresentar um tópico tem sobre a opinião. Esta pesquisa investigou o efeito de configuração no endosso ao reconhecimento legal das uniões de pessoas do mesmo sexo em uma população universitária brasileira composta por pessoas com diferentes níveis de preconceito. Foram usados três diferentes configurações: homoafetivo, homossexual e pessoas do mesmo sexo. Oito mil e oitenta e dois estudantes universitários do sul do Brasil responderam a um questionário sociodemográfico, escala de preconceito contra diversidade sexual e de gênero e randomicamente deram sua opinião sobre o tópico em questão. Não foram encontradas diferenças no nível de endosso às configurações. No entanto, grupos historicamente associados a menor apoio à diversidade sexual e de gênero e pessoas com atitudes mais negativas em relação à diversidade sexual e de gênero endossaram menos essas uniões. Portanto, a maneira como a questão é enquadrada não influencia o endosso à reivindicação da união de pessoas do mesmo sexo.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

Allport, G. (1954). The nature of prejudice. Reading, US: Addison-Wesley Publishing Company.

Bartoş, S. E., Berger, I., & Hegarty, P. (2014). Interventions to reduce sexual prejudice: A study-space analysis and meta-analytic review. The Journal of Sex Research, 51(4), 363-382. https://doi.org/10.1080/00224499.2013.871625

Bockting, W. O., Miner, M. H., Swinburne Romine, R. E., Hamilton, A., & Coleman, E. (2013). Stigma, mental health, and resilience in an online sample of the US transgender population. American Journal of Public Health, 103(5), 943-951. https://doi.org/10.2105/AJPH.2013.301241

Brewer, P. R. (2001). Value words and lizard brains: do citizens deliberate about appeals to their core values? Political Psychology, 22(1), 45-64. https://doi.org/10.1111/0162-895X.00225

Chong, D. & Druckman, J. (2007). Framing theory. Annual Review of Political Science, 10, 103-126. https://doi. org/10.1146/annurev.polisci.10.072805.103054

Coacci, T. (2015). Do homossexualismo à homoafetividade: discursos judiciais brasileiros sobre homossexualidades, 1989-2012. Sexualidad, Salud y Sociedad (Rio de Janeiro), 21, 53-84.https://doi.org/10.1590/1984-6487.sess.2015.21.05.a

Costa, A. B. & Nardi, H. C. (2015a). O casamento “homoafetivo” e a política da sexualidade: implicações do afeto como justificativa das uniões de pessoas do mesmo sexo. Revista Estudos Feministas, 23(1), 137-150.

Costa, A. B. & Nardi, H. C. (2015b). Homofobia e preconceito contra diversidade sexual: debate conceitual. Temas em Psicologia, 23(3), 715-726. https://doi.org/10.9788/TP2015.3-15

Downloads

Publicado

2017-06-22

Como Citar

Costa, A. B., Catelan, R. F., de Araujo, C. L., da Silva, J. P., Koller, S. H., & Nardi, H. C. (2017). Efeito de configuração no apoio ao casamento de pessoas do mesmo sexo em universitários brasileiros. Psico, 48(2), 99–108. https://doi.org/10.15448/1980-8623.2017.2.24421

Edição

Seção

Artigos