Avaliação de processo em psicoterapia psicanalítica na adolescência
DOI:
https://doi.org/10.15448/1980-8623.2017.2.24820Palavras-chave:
adolescência, avaliação terapêutica, psicoterapia psicanalíticaResumo
As taxas de abandono psicoterápico na infância e adolescência são altas, entretanto, são poucos os trabalhos dirigidos para essas faixas etárias. Este artigo investiga o processo terapêutico de um caso de abandono de psicoterapia psicanalítica de uma adolescente. Para tal, foram avaliadas 20 sessões da psicoterapia através do Adolescent Psychotherapy Q-Set (APQ), instrumento que descreve atitudes e comportamentos do paciente e do terapeuta, bem como das interações terapeuta/paciente nas sessões terapêuticas. A análise do APQ foi integrada aos aspectos dinâmicos da paciente e associada às anotações clínicas fornecidas pela terapeuta para a elaboração do entendimento clínico do processo. Concluiu-se que a não aquisição de insight da paciente, aliado a um estilo defensivo imaturo constituíram fatores preditivos ao abandono psicoterápico.
Downloads
Referências
Adesse, D. B., Santos, V. L. A., & Cardoso, M. R.(2014). Drogadicção e adolescência: o “corpo do transbordamento”. Revista Latinoamericana de Psicopatologia Fundamental, 17(3), 544-556. https://doi.org/10.1590/1415-4714.2014v17n3p544-11
American Psychiatric Association (2002). DSM-IV-TR, Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (4th ed., rev.). Porto Alegre: ArtMed.
Andrade, M. & Shirakawa, I. (2006). Versão brasileira do Defense Style Questionnaire (DSQ) de Michael Bond: problemas e soluções. Revista de Psiquiatria do Rio Grande do Sul, 28(2), 144-160. https://doi.org/10.1590/S0101-81082006000200007
Andrews, G., Singh, M., & Bond, M. (1993). The Defense Style Questionnaire. The Journal of Nervous and Mental Disease, 181, 246-256. Retrieved from: jonmd/Abstract/1993/04000/The_Defense_Style_Questionnaire.6.aspx.
https://doi.org/10.1097/00005053-199304000-00006
Benetti, S. P. C., Esswein, G. C., Bernardi, G., Midgley, N., Calderon, A. (2014). Adolescent Psychotherapy Q-Set (APQ): Prototypes of psychoanalytic psychotherapy and cognitive behavioral therapy. Book of Abstracts Society for Psychotherapy Research 45th International Annual Meeting. Copenhagen, Denmark.
Benetti, S. P. C., Esswein, G. C., N., Bohn da Silva, Bernardi, G., & Calderon, A. (no prelo). Pesquisa de processo em psicoterapia na adolescência: Adaptação do instrumento APQ. PsicoUSF (Impresso).
Blaya, C. (2005). Tradução, adaptação e validação do Defensive Style Questionnaire (DSQ-40) para o português brasileiro. [Dissertação de Mestrado]. Faculdade de Medicina, Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Porto Alegre, Brasil. Retrieved from: http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/5601/000472900.pdf?sequence=1
Calderón, A. (2014). Development and validation of the Adolescent Psychotherapy Q-set (APQ). [Doctoral thesis]. University College of London, London, UK. Retrieved from: http://discovery.ucl.ac.uk/1453282/
Derogatis, L. R. (1994). Symptom Checklist-90-R (SCL-90-R): administration, scoring, and procedures manual (3ª ed.). Minneapolis: National Computer Systems, USA.
Edlund, J. N. & Carlberg, G. (2016). Psychodynamic psychotherapy with adolescents and young adults: Outcome in routine practice. Clinical Child Psychology and Psychiatry, 21, 66-80. https://doi.org/10.1177/1359104514554311
Gastaud, M. B., Basso, F., Soares, J. P. G., Eizirik, C. L., & Nunes, M. L. T. (2011). Preditores de não aderência ao tratamento na psicoterapia psicanalítica de crianças. Revista de Psiquiatria do Rio Grande do Sul, 33(2), 109-115. Retrieved from: http://www.scielo.br/pdf/rprs/v33n2/1328.pdf. https://doi.org/10.1590/S0101-81082011005000011
Gatta, M., Spoto, A., Testa, P., Svanellini, L., Lai, J., Salis, M., Sauma, M., & Battistella, P. (2010). Adolescent insight within the working alliance: a bridge between diagnostic and psychotherapeutic processes. Adolescent Health, Medicine and Therapeutics, 1, 45-52. https://doi.org/10.2147/AHMT.S9323
Gerber, A., Kocsis, J., Milrod, B., Roose, S., Barber, J., Thase, M., ..., & Leon, A. (2011). A quality-based review of randomized controlled trials of psychodynamic psychotherapy. American Journal of Psychiatry, 168, 19-28. https:// doi.org/10.1176/appi.ajp.2010.08060843
Haan, A. M., Boon, A. E., Jong, J. T. V. M., Hoeve, M., & Vermeiren, R. J. M. (2013). A meta-analytic review on treatment dropout in child and adolescent outpatient mental health care. Clinical Psychology Review, 33, 698-711. https://doi. org/10.1016/j.cpr.2013.04.005
Jones, E. E. (2000). Therapeutic action: a guide to psychoanalytic therapy. Northvale, NJ: Jason Aronson.
Jung, S. I., Serralta, F. B., Nunes, M. L. T., & Eizirik, C. L. (2015). Desistência e conclusão em psicoterapia psicanalítica, um estudo qualitativo de pacientes de Porto Alegre, Brasil. Revista Brasileira de Psicoterapia, 17(1), 25-40.
Laloni, D. T. Escala de avaliação de sintomas-90-R SCL-90-R: adaptação, precisão e validade. 2001. [Tese de Doutorado]. Pontifícia Universidade de Campinas, Campinas, 2001.
Macedo, Mônica Medeiros Kother, Baldo, Mariana Aguilar, Santos, Rafael Lisboa dos, Ribas, Renata Freitas, Silva, Sander Machado da, & Gonçalves, Thomás Gomes. (2011). Motivos de busca de atendimento psicológico por adolescentes em uma clínicaescola. Psicologia: teoria e prática, 13(2), 63-75. Recuperado em: 09 jan. 2017, de http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-36872011000200005&lng=pt&tlng=pt
McAleavey, A. A. & Castonguay, L. G. (2013). Insight as a common and specific impact of psychotherapy: therapistreported exploratory, directive, and common factor interventions. American Psychological Association, 1-12. https://doi.org/10.1037/a0032410
McLeod, J. & Elliott, R. (2011). Systematic case study research: A practice and oriented introduction to building an evidence base for counselling and psychotherapy. Counselling and Psychotherapy Research, 11, 1-10. https://doi.org/10.1080/14733145.2011.548954
Merikangas, K. R., He, J., Burstein, M., Swanson, S. A., Avenevoli, S., Cui, L.,..., & Swendsen, J. (2010). Lifetime Prevalence of Mental Disorders in US Adolescents: Results from the National Comorbidity Study-Adolescent Supplement. Journal of the American Academy of Child & Adolescent Psychiatry, 49(10), 980-989. https://doi.org/10.1016/j.jaac.2010.05.017
Organização Mundial da Saúde. (2015). Adolescent health research priorities: report of a technical consultation. 22p.
Palmer, R., Nascimento, L. N., & Fonagy, P. (2013). The state of the evidence base for psychodynamic psychotherapy for children and adolescents. Child and Adolescent Psychiatric Clinics of North America, 22, 149-214. https://doi.org/10.1016/j.chc.2012.12.001
Serralta, F. B., Nunes, M. L. T., & Eizirik, C. L. (2011). Considerações metodológicas sobre o estudo de caso na pesquisa em psicoterapia. Estudos de Psicologia, 28(4), 501-510. https://doi.org/10.1590/S0103-166X2011000400010
Shedler, J. (2012). The efficacy of psychodynamic psychotherapy. In R. A. Levy, J. S. Ablon, & H. Kächele (Eds.). Psychodynamic Psychotherapy Research (pp. 9-25). New York, NY: Humana Press. https://doi.org/10.1007/978-1-60761-792-1_2
Ormhaug, S. M. & Jensen, T. K. (2016): Investigating treatment characteristics and first-session relationship variables as predictors of dropout in the treatment of traumatized youth. Psychotherapy Research, 27, 1-15. https://doi.org/10.1080/10503307.2016.1189617
Stewart, P. K., Steele, M. M., & Roberts, M. C. (2012). What happens in therapy? Adolescents’ expectations and perceptions of psychotherapy. Journal of Child and Family Studies, 23(1), 1-9. https://doi.org/10.1007/s10826-012-9680-3
Valverde, B. S. C. L., Vitalle, M. S. S., Sampaio, I. P. C., & Schoen, T. H.
(2012). Levantamento de Problemas Comportamentais/emocionais em um ambulatório para adolescentes. Paidéia, 22(53), 315-323.
Weitkamp, K., Daniels, J. K., Hofmann, H., Timmermann, H., Romer, G., & Wiegand-Grefe, S. (2014). Psychoanalytic psychotherapy for children and adolescents with severe depressive psychopathology: Preliminary results of an effectiveness trial. Psychotherapy, 51, 138-147. https://doi.org/10.1037/a0034178
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Direitos Autorais
A submissão de originais para a Psico implica na transferência, pelos autores, dos direitos de publicação. Os direitos autorais para os artigos publicados nesta revista são do autor, com direitos da revista sobre a primeira publicação. Os autores somente poderão utilizar os mesmos resultados em outras publicações indicando claramente a Psico como o meio da publicação original.
Licença Creative Commons
Exceto onde especificado diferentemente, aplicam-se à matéria publicada neste periódico os termos de uma licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional, que permite o uso irrestrito, a distribuição e a reprodução em qualquer meio desde que a publicação original seja corretamente citada.