Características psicométricas do Questionário de Temperamento de Aproximação e Evitação em trabalhadores
DOI:
https://doi.org/10.15448/1980-8623.2019.2.29559Palavras-chave:
traços de personalidade, trabalho, validade estatística, psicometria.Resumo
O temperamento de aproximação ou abordagem caracteriza-se como uma sensibilidade neurobiológica geral a estímulos positivos desejáveis, enquanto o temperamento de evitação ou evasão é instigado por eventos negativos indesejáveis. O presente trabalho reúne evidências iniciais de validade de estrutura interna e de relações com variáveis externas do Questionário de Temperamento de Aproximação-Evitação (ATQ) em trabalhadores brasileiros. Participaram do estudo 453 trabalhadores de ambos os sexos (79,2% do sexo feminino). As análises fatoriais confirmatórias indicaram que o modelo ajustado de dois fatores não correlacionados foi o que obteve os melhores índices de ajuste. Na relação com variáveis externas, as dimensões de aproximação e evitação apresentaram, respectivamente, correlações positivas baixas e correlações negativas baixas a moderadas, com o engajamento no trabalho, a adaptabilidade à carreira e o desempenho de papéis no trabalho. As evidências iniciais de validade obtidas recomendam o uso do ATQ em pesquisas futuras realizadas no contexto organizacional brasileiro.
Downloads
Referências
Arafat, S. M. Y. (2016). Cross cultural adaptation & psychometric validation of instruments: Step-wise description. International Journal of Psychiatry, 1(1), 1-4. (DOI INEXISTENTE)
Audibert, A. & Teixeira, M. A. P. (2015). Escala de Adaptabilidade de Carreira: Evidências de validade em universitários brasileiros. Revista Brasileira de Orientação Profissional, 16(1), 83-93. (DOI INEXISTENTE)
Bakker, A. B. (2014). Daily fluctuations in work engagement: An overview and current directions. European Psychologist, 19(4), 227-236.
https://doi.org/10.1027/1016-9040/a000160
Bipp, T., Kleingeld, P. A. M., & van Dam, K. (2015). Approach and avoidance temperament: An examination of its construct and predictive validity at work. European Journal of Psychological Assessment, 33(3), 196-206.
https://doi.org/10.1027/1015-5759/a000285
Bipp, T. & Demerouti, A. (2015). Which employees craft their jobs and how? Basic dimensions of personality and employees’ job crafting behavior. Journal of Occupational and Organizational Psychology, 88(4), 631-655.
https://doi.org/10.1111/joop.12089
Chinelato, R. S. C. (2016). Expandindo a rede nomológica do engajamento no trabalho em amostras brasileiras (Tese de Doutorado). Programa de Pós-Graduação em Psicologia, Universidade Salgado de Oliveira. Niterói. (DOI INEXISTENTE)
Damásio, B. F. (2013). Contribuições da análise fatorial confirmatória multigrupo (AFCMG) na avaliação de invariância de instrumentos psicométricos. Psico-USF, 18(2), 211-220.
https://doi.org/10.1590/S1413-82712013000200005
Elliot, A. J. (2008). Approach and avoidance motivation. In A. Elliot (Ed.), Handbook of approach and avoidance motivation (pp. 3-14). New York, NY: Taylor & Francis. (DOI INEXISTENTE)
Elliot, A. J. & Church, M. A. (1997). A hierarchical model of approach and avoidance achievement motivation. Journal of Personality and Social Psychology, 72(1), 218-232.
https://doi.org/10.1037/0022-3514.72.1.218
Elliot, A. J. & Thrash, T. M. (2002). Approach-avoidance motivation in personality: Approach and avoidance temperaments and goals. Journal of Personality and Social Psychology, 82(5), 804-818.
https://doi.org/10.1037//0022-3514.82.5.804
Elliot, A. J. & Thrash, T. M. (2010). Approach and avoidance temperament as basic dimensions of personality. Journal of Personality, 78(3), 865-906.
https://doi.org/10.1111/j.1467-6494.2010.00636.x
Ferris, D. L., Rosen, C. R., Johnson, R. E., Brown, D. J., Risavy, S. D., & Heller, D. (2011). Approach or avoidance (or both?): Integrating core self-evaluations within an approach/avoidance framework. Personnel Psychology, 64(1), 137-161.
https://doi.org/10.1111/j.1744-6570.2010.01204.x
Ferreira, M. C., Valentini, F., Damásio, B. F., Mourão, L., Porto, J. B., Chinelato, R. S. C., Novaes, V. P., & Pereira, M. M. (2016). Evidências adicionais de validade da UWES-9 em amostras brasileiras. Estudos de Psicologia, 21(4), 435-445.
https://doi.org/10.5935/1678-4669.20160042
Griffin, M. A., Neal, A., & Parker, S. K. (2007). A new model of work role performance: Positive behavior in uncertain and interdependent contexts. Academy of Management Journal, 50(2), 327-347.
https://doi.org/10.5465/amj.2007.24634438
Hu, L. T. & Bentler, P. (1995). Evaluating model fit. In R. H. Hoyle (Ed.), Structural equation modeling. Concepts, issues, and applications (pp. 76-99). London: Sage. (DOI INEXISTENTE)
Langelaan, S., Bakker, A. B., Van Doornen, L. J. P., & Schaufeli, W. B. (2006). Burnout and work engagement: Do individual differences make a difference? Personality and Individual Differences, 40(3), 521-532.
https://doi.org/10.1016/j.paid.2005.07.009
Miles, J. N. V. & Shevlin, M. E. (2001). Applying regression and correlation: A guide for students and researchers. London: Sage. (DOI INEXISTENTE)
Muthén, L. K. & Muthén, B. O. (2010). Mplus user’s guide (6th ed.). Los Angeles, CA: Muthén & Muthén. (DOI INEXISTENTE)
Savickas, M. L. (2013). The theory and practice of career construction. In S. D. Brown & R. W. Lent (Eds.), Career development and counselling: Putting theory and research to work (2nd ed., pp. 147-183). Hoboken: Wiley. (DOI INEXISTENTE)
Savickas, M. L. & Porfeli, E. J. (2012). Career Adapt-Abilities Scale: Construction, reliability, and measurement equivalence across 13 countries. Journal of Vocational Behavior, 80(3), 661-673.
https://doi.org/10.1016/j.jvb.2012.01.011
Schaufeli, W. B. (2013). What is engagement? In C. Truss, K. Alfes, R. Delbridge, A. Shantz, & E. Soane (Eds.), Employee engagement in theory and practice (pp. 293-320). London: Routledge. (DOI INEXISTENTE)
Schaufeli, W. B., Bakker, A. B., & Salanova, M. (2006). The measurement of work engagement with a short questionnaire: A cross-national study. Educational and Psychological Measurement, 66(4), 701-716.
https://doi.org/10.1177/0013164405282471
Sonnentag, S. & Frese, M. (2002). Performance concepts and performance theory. In S. Sonnentag (Ed.), Psychological management of individual performance (pp. 3-27). London: John Wiley & Sons.
https://doi.org/10.1002/0470013419
Strelau, J. (1998). Temperament: A psychological perspective. New York, NY: Plenum. (DOI INEXISTENTE)
Teixeira, M. A. P., Bardagi, M. P., Lassance, M. C. P., Magalhães, M. O., & Duarte, M. E. (2012). Career adaptabilities scale – Brazilian form: Psychometric properties and relationships to personality. Journal of Vocational Behavior, 80(3), 680-685.
https://doi.org/10.1016/j.jvb.2012.01.007
Tooby, J. & Cosmides, L. (1990). The past explains the present: Emotional adaptations and the structure of ancestral environments. Ethology and Sociobiology, 11(4-5), 375-424.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Direitos Autorais
A submissão de originais para a Psico implica na transferência, pelos autores, dos direitos de publicação. Os direitos autorais para os artigos publicados nesta revista são do autor, com direitos da revista sobre a primeira publicação. Os autores somente poderão utilizar os mesmos resultados em outras publicações indicando claramente a Psico como o meio da publicação original.
Licença Creative Commons
Exceto onde especificado diferentemente, aplicam-se à matéria publicada neste periódico os termos de uma licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional, que permite o uso irrestrito, a distribuição e a reprodução em qualquer meio desde que a publicação original seja corretamente citada.