“Tudo ou nada”
Estilo de respostas extremas, pensamento dicotômico e tríade sombria da personalidade
DOI:
https://doi.org/10.15448/1980-8623.2021.1.35441Palavras-chave:
construção do teste, processos cognitivos, testes psicológicosResumo
No presente estudo, investigaram-se as associações únicas entre pensamento dicotômico, estilo de resposta extrema (ERS) e a Tríade Sombria de personalidade, ou seja, maquiavelismo, narcisismo e psicopatia. As hipóteses foram que o pensamento dicotômico exibiria um efeito positivo no ERS, e que o pensamento dicotômico estaria positivamente associado à Tríade Sombria, mesmo depois de controlar o ERS. Os participantes foram 488 adultos com idade média de 29,54 anos (DP = 10,38). Os resultados confirmaram que o pensamento dicotômico prediz positivamente o ERS e que a relação entre o pensamento dicotômico e os domínios da Tríade Sombria permanece positiva e significativa, mesmo depois de contabilizar o ERS. Além disso, o ERS manifestou associações negativas fracas com a Tríade Sombria, com uma relação significativa apenas com a psicopatia. As descobertas deste estudo ajudam a expandir a compreensão tanto da natureza substantiva dos estilos de resposta quanto dos processos cognitivos subjacentes à Tríade Sombria da personalidade.
Downloads
Referências
Anderson, J., & Cheers, C. (2018). Does the Dark Triad predict prejudice?: The role of Machiavellianism, psychopathy, and narcissism in explaining negativity toward asylum seekers. Australian Psychologist, 53(3), 271 281. https://doi.org/10.1111/ap.12283
Batchelor, J. H., & Miao, C. (2016). Extreme response style: A meta-analysis. Journal of Organizational Psychology, 16(2), 51-62. https://articlegateway.com/index.php/JOP/article/view/1790
Berlin, S. B. (1990). Dichotomous and complex thinking. Social Service Review, 64(1), 46-59. https://doi.org/jstor.org/stable/30012066
Bonfá-Araujo, B., Oshio, A., & Hauck-Filho, N. (2021). Seeing things in black-and-white: A scoping review on dichotomous thinking style. Japanese Psychological Research, 1-12. https://doi.org/10.1111/jpr.12328
Costa, A. R. L., & Hauck Filho, N. (2019). Methods for the control of extreme response style in self-report instruments: A review. Trends in Psychology, 27(2), 309-323. https://doi.org/10.9788/TP2019.2-02
Costa, A. R. L., & Hauck Filho, N. (2017). Menos desejabilidade social é mais desejável: neutralização de instrumentos avaliativos de personalidade. Interação em Psicologia, 21(3), 239-249. https://doi.org/10.5380/psi.v21i3.53054
Duspara, B., & Greitemeyer, T. (2017). The impact of Dark Tetrad traits on political orientation and extremism: An analysis in the course of a presidential election. Heliyon, 3(10), e00425. https://doi.org/10.1016/j.heliyon.2017.e00425
Greenleaf, E. A. (1992). Measuring extreme response style. Public Opinion Quarterly, 56(3), 328-351. https://doi.org/10.1086/269326
Harzing, A.-W. (2006). Response styles in cross-national survey research: A 26-country study. International Journal of Cross Cultural Management, 6(2), 243-266. https://doi.org/10.1177/1470595806066332
He, J., Bartram, D., Inceoglu, I., & Vijver, F. J. R. (2014). Response styles and personality traits: A multilevel analysis. Journal of Cross-Cultural Psychology, 45(7), 1028-1045. https://doi.org/10.1177/0022022114534773
Hu, L., & Bentler, P. M. (1999). Cutoff criteria in covariance structure analysis: Conventional criteria versus new alternatives. Structural Equation Modeling, 6, 1-55. https://doi.org/10.1080/10705519909540118
Jonason, P. K., Oshio, A., Shimotsukasa, T., Mieda, T., Csathó, A., Sitnikova, M. (2018). Seeing the world in black or white: The dark triad traits and dichotomous thinking. Personality and Individual Differences. 120(1), 102-106. https://doi.org/10.1016/j.paid.2017.08.030
Jonason, P. K., Underhill, D., & Navarrate, C. D. (2020). Understanding prejudice in terms of approach tendencies: The Dark Triad traits, sex differences, and political personality traits. Personality and Individual Differences, 153, 109617. https://doi.org/10.1016/j.paid.2019.109617
Jones, D. N., & Paulhus, D. L. (2014). Introducing the Short Dark Triad (SD3): A brief measure of dark personality traits. Assessment, 21(1), 28-41. https://doi.org/10.1177/1073191113514105
Koehn, M. A., Okan, C., & Jonason, P. K. (2018). A primer on the dark triad traits. Australian Journal of Psychology, 71(1), 7-15. https://doi.org/10.1111/ajpy.12198
Oshio, A. (2009). Development and validation of the Dichotomous Thinking Inventory. Social Behavior and Personality, 37(6), 729-742. https://doi.org/10.2224/sbp.2009.37.6.729
Oshio, A. (2012). An all-or-nothing thinking turns into darkness: Relations between dichotomous thinking and personality disorders. Japanese Psychological Research, 54(4), 424-429. https://doi.org/10.1111/j.14685884.2012.00515.x
Paulhus, D. L., & Williams, K. M. (2002). The Dark Triad of personality: Narcissism, Machiavellianism, and psychopathy. Journal of Research in Personality, 36, 556-563. http://doi.org/10.1016/S009-6566(02)00505-6
Revelle, W., & Revelle, M. (2015). Package ‘psych.’ In The Comprehensive R Archive Network.
Vaerenbergh, Y. V., & Thomas, T. D. (2012). Response styles in survey research: A literature review of antecedents, consequences, and remedies. International Journal of Public Opinion Research, 25(2), 195-217. https://doi.org/10.1093/ijpor/edso21
Wetzel, E., Lüdtke, O., Zettler, I., & Böhnke, J. R. (2015). The stability of extreme response style and acquiescence over 8 years. Assessment. 23(3), 279-291. https://doi.org/10.1177/1073191115583714
Ziegler, M. (2015). “F**k you, I won’t do what you told me!” – Response biases as threats to psychological assessment. European Journal of Psychological Assessment, 31(3), 153-158. https://doi.org/10.1027/10155759/a0002
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2021 Psico
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Direitos Autorais
A submissão de originais para a Psico implica na transferência, pelos autores, dos direitos de publicação. Os direitos autorais para os artigos publicados nesta revista são do autor, com direitos da revista sobre a primeira publicação. Os autores somente poderão utilizar os mesmos resultados em outras publicações indicando claramente a Psico como o meio da publicação original.
Licença Creative Commons
Exceto onde especificado diferentemente, aplicam-se à matéria publicada neste periódico os termos de uma licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional, que permite o uso irrestrito, a distribuição e a reprodução em qualquer meio desde que a publicação original seja corretamente citada.