Evitar ou punir, eis a questão?

Tendência à ação frente a violações morais

Autores

DOI:

https://doi.org/10.15448/1980-8623.2021.4.36392

Palavras-chave:

juízo moral, transgressões, ética, identidade

Resumo

Buscou-se investigar a associação de tendências à ação frente a violações morais com códigos de ética e o nível de proximidade com o transgressor. Participaram 200 universitários (70% mulheres, idade M = 23 anos; DP = 6,62). Eles responderam questões sociodemográficas, a Escala de Comunidade, Autonomia e Divindade e a Lista de Tendências à Ação frente a Violações Morais. Análises mistas de variância sugeriram um efeito principal da ética, com a autonomia apresentando maiores escores; um efeito principal das violações, com transgressões de autonomia apresentando maiores escores; e um efeito principal do nível de proximidade com o transgressor, com maiores escores observados com desconhecidos. Uma interação foi observada da tendência à ação com o nível de proximidade, onde os participantes evitaram mais os amigos e puniram mais os desconhecidos. Pesquisas futuras sugerem a proximidade com o transgressor como uma variável relevante.

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Biografia do Autor

Valeschka Martins Guerra, Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), Vitória, ES, Brasil.

Doutora em Psicologia Social pela University of Kent (UKC), em Canterbury, Kent, Inglaterra; mestra em Psicologia Social pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB), em João Pessoa, PB, Brasil; professora da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), em Vitória, ES, Brasil.

Viviany Silva Pessoa, Universidade Federal da Paraíba (UFPB), João Pessoa, PB, Brasil.

Doutora em Psicologia Social pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB), em João Pessoa, PB, Brasil; mestra em Psicologia pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), em Natal, RN, Brasil; professora na Universidade Federal da Paraíba, João Pessoa, PB, Brasil.

Aline Venceslau Vieira de Lima, Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), Campina Grande, PB, Brasil.

Doutora em Psicologia pelo Instituto Universitário de Lisboa (ISCTE-IUL), em Lisboa, Portugal; mestra em Psicologia pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB), em João Pessoa, PB, Brasil; professora na Universidade Federal de Campina Grande, Campina Grande, PB, Brasil.

Samuel Lincoln Bezerra Lins, Universidade do Porto, Porto, Portugal.

Doutor em Psicologia pela Universidade do Porto (UP), em Porto, Portugal; mestre em Psicologia pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB), em João Pessoa, PB, Brasil; professor na Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade do Porto, Porto, Portugal.

Pollyana de Lucena Moreira, Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), Vitória, ES, Brasil.

Doutora em Psicologia Social pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB), em João Pessoa, PB, Brasil; mestra em Psicologia pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB), em João Pessoa, PB, Brasil; professora da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), em Vitória, ES, Brasil.

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Publicado

2021-12-31

Como Citar

Guerra, V. M., Pessoa, V. S., Lima, A. V. V. de, Lins, S. L. B., & Moreira, P. de L. (2021). Evitar ou punir, eis a questão? Tendência à ação frente a violações morais. Psico, 52(4), e36392. https://doi.org/10.15448/1980-8623.2021.4.36392

Edição

Seção

Artigos