Constituição da identidade social urbana de moradores de serviços residenciais terapêuticos

Autores

DOI:

https://doi.org/10.15448/1980-8623.2023.1.39397

Palavras-chave:

psicologia ambiental, saúde mental, ambientes urbanos

Resumo

O conceito de Identidade Social Urbana busca compreender o modo as pessoas se identificam e se apropriam, constroem afetos e memórias associadas aos lugares que percorrem. Esta pesquisa almejou refletir sobre este processo transcorrendo as simbologias da inclusão de moradores de Serviços Residenciais Terapêuticos nas cidades que habitam, a fim de compreender como eles constituem suas identificações. Quatorze participantes responderam à técnica de Autobiografia ambiental aliada a uma entrevista semiestruturada, analisadas à luz da Análise Temática. Fatores culturais das cidades foram ímpares, mediando a aproximação dos participantes com o entorno urbano. Por fim, destaca-se a logística como escolha essencial à estruturação do Serviço, na medida que favorece ou retrai incursões autônomas nas cidades.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Bettieli Barboza da Silveira, Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Florianópolis, SC, Brasil.

Doutora em Psicologia pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), em Florianópolis, SC, Brasil; com pós-doutorado pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), em Florianópolis, SC, Brasil; mestra em Psicologia pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), em Florianópolis, SC, Brasil. Professora e Coordenadora do curso de Psicologia na Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG), em Ituiutaba, MG, Brasil.

Ariane Kuhnen, Universidade Federal de Santa Catarina

Doutora em Interdisciplinar e Ciências Humanas pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), em Florianópolis, SC, Brasil; com pós-doutorado pela Université de Quebec à Montreal (UQÀM), em Quebec, Canadá; pós-doutorado pela Universtity of California (UCDAVIS), em Davis, Estados Unidos da América; mestra em Sociologia Política pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), em Florianópolis, SC, Brasil. Professora titular do Departamento de Psicologia da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), em Florianópolis, SC, Brasil.

Referências

Amarante, P., & Nunes, M. de O. (2018). A reforma psiquiátrica no SUS e a luta por uma sociedade sem manicômios. Ciência & Saúde Coletiva, 23(6), 2067–2074. https://doi.org/10.1590/1413-81232018236.07082018 DOI: https://doi.org/10.1590/1413-81232018236.07082018

Anton, C. E., & Lawrence, C. (2016). The relationship between place attachment, the theory of planned behaviour and residents’ response to place change. Journal of Environmental Psychology, 47, 145–154. https://doi.org/10.1016/j.jenvp.2016.05.010 DOI: https://doi.org/10.1016/j.jenvp.2016.05.010

Belanche, D., Casaló, L. V., & Flavián, C. (2017). Understanding the cognitive, affective and evaluative components of social urban identity: Determinants, measurement, and practical consequences. Journal of Environmental Psychology, 50, 138–153. https://doi.org/10.1016/j.jenvp.2017.02.004 DOI: https://doi.org/10.1016/j.jenvp.2017.02.004

Bernardo, F., & Palma-Oliveira, J.-M. (2016). Urban neighbourhoods and intergroup relations: The importance of place identity. Journal of Environmental Psychology, 45, 239–251. https://doi.org/10.1016/j.jenvp.2016.01.010 DOI: https://doi.org/10.1016/j.jenvp.2016.01.010

Braun, V., & Clarke, V. (2006). Using thematic analysis in psychology. Qualitative Research in Psychology, 3(2), 77–101. https://doi.org/10.1191/1478088706qp063oa DOI: https://doi.org/10.1191/1478088706qp063oa

Braun, V., & Clarke, V. (2019). Reflecting on reflexive thematic analysis. Qualitative Research in Sport, Exercise and Health, 11(4), 589–597. https://doi.org/10.1080/2159676X.2019.1628806 DOI: https://doi.org/10.1080/2159676X.2019.1628806

Cheng, C.-K., & Kuo, H.-Y. (2015). Bonding to a new place never visited: Exploring the relationship between landscape elements and place bonding. Tourism Management, 46, 546–560. https://doi.org/10.1016/j.tourman.2014.08.006 DOI: https://doi.org/10.1016/j.tourman.2014.08.006

Creswell, J. W. (2010). Projeto de pesquisa métodos qualitativo, quantitativo e misto. Artmed.

Elali, G. A., & Pinheiro, J. Q. (2008). Autobiografia ambiental: buscando afetos e cognições da experiência com ambientes. In J. Q. Pinheiro & H. Gunther (Eds.), Métodos de pesquisa nos estudos pessoa-ambiente (pp. 217–252). Casa do Psicólogo.

Fontanella, B. J. B., Ricas, J., & Turato, E. R. (2008). Amostragem por saturação em pesquisas qualitativas em saúde: contribuições teóricas. Cadernos de Saúde Pública, 24(1), 17–27. https://doi.org/10.1590/S0102-311X2008000100003 DOI: https://doi.org/10.1590/S0102-311X2008000100003

Franco, R. F., & Stralen, C. J. van. (2015). Desinstitucionalização Psiquiátrica: Do Confinamento Ao Habitar Na Cidade De Belo Horizonte. Psicologia & Sociedade, 27(2), 312–321. https://doi.org/10.1590/1807-03102015v27n2p312 DOI: https://doi.org/10.1590/1807-03102015v27n2p312

Gatersleben, B., Wyles, K. J., Myers, A., & Opitz, B. (2020). Why are places so special? Uncovering how our brain reacts to meaningful places. Landscape and Urban Planning, 197, 103758. https://doi.org/10.1016/j.landurbplan.2020.103758 DOI: https://doi.org/10.1016/j.landurbplan.2020.103758

Günther, H., Elali, G. A., & Pinheiro, J. Q. (2004). A abordagem multimétodos em estudos pessoa-ambiente: características, definições e implicações. In Série Textos de Psicologia Ambiental (23. ed.). Laboratório de Psicologia Ambiental, UnB.

Jensen, A. (2013). Controlling mobility, performing borderwork: cycle mobility in Copenhagen and the multiplication of boundaries. Journal of Transport Geography, 30, 220–226. https://doi.org/10.1016/j.jtrangeo.2013.02.009 DOI: https://doi.org/10.1016/j.jtrangeo.2013.02.009

Lalli, M. (1992). Urban-related identity: Theory, measurement, and empirical findings. Journal of Environmental Psychology, 12(4), 285–303. https://doi.org/10.1016/S0272-4944(05)80078-7 DOI: https://doi.org/10.1016/S0272-4944(05)80078-7

Lengen, C., Timm, C., & Kistemann, T. (2019). Place identity, autobiographical memory and life path trajectories: The development of a place-time-identity model. Social Science and Medicine, 227, 21–37. https://doi.org/10.1016/j.socscimed.2018.09.039 DOI: https://doi.org/10.1016/j.socscimed.2018.09.039

Lewicka, M. (2011). Place attachment: How far have we come in the last 40 years? Journal of Environmental Psychology, 31(3), 207–230. https://doi.org/10.1016/j.jenvp.2010.10.001 DOI: https://doi.org/10.1016/j.jenvp.2010.10.001

Lima, E. M. F. de A., & Yasui, S. (2014). Territórios e sentidos: espaço, cultura, subjetividade e cuidado na atenção psicossocial. Saúde Em Debate, 38(102), 593–606. https://doi.org/10.5935/0103-1104.20140055 DOI: https://doi.org/10.5935/0103-1104.20140055

Liu, Q., Wu, Y., Xiao, Y., Fu, W., Zhuo, Z., van den Bosch, C. C. K., Huang, Q., & Lan, S. (2020). More meaningful, more restorative? Linking local landscape characteristics and place attachment to restorative perceptions of urban park visitors. Landscape and Urban Planning, 197, 103763, https://doi.org/10.1016/j.landurbplan.2020.103763 DOI: https://doi.org/10.1016/j.landurbplan.2020.103763

Lohm, D., & Davis, M. (2015). Between bushfire risk and love of environment: preparedness, precariousness and survival in the narratives of urban fringe dwellers in Australia. Health, Risk & Society, 17(5–6), 404–419. https://doi.org/10.1080/13698575.2015.1109614 DOI: https://doi.org/10.1080/13698575.2015.1109614

Markowitsch, H. J., & Staniloiu, A. (2011). Memory, autonoetic consciousness, and the self. Consciousness and Cognition, 20(1), 16–39. https://doi.org/10.1016/j.concog.2010.09.005 DOI: https://doi.org/10.1016/j.concog.2010.09.005

Massa, P. A., & Moreira, M. I. B. (2019). Vivências de cuidado em saúde de moradores de Serviços Residenciais Terapêuticos. Interface - Comunicação, Saúde, Educação, 23, 1–14. https://doi.org/10.1590/interface.170950 DOI: https://doi.org/10.1590/interface.170950

Meloni, A., Fornara, F., & Carrus, G. (2019). Predicting pro-environmental behaviors in the urban context: The direct or moderated effect of urban stress, city identity, and worldviews. Cities, 88, 83–90. https://doi.org/10.1016/j.cities.2019.01.001 DOI: https://doi.org/10.1016/j.cities.2019.01.001

Menatti, L., Subiza-Pérez, M., Villalpando-Flores, A., Vozmediano, L., & San Juan, C. (2019). Place attachment and identification as predictors of expected landscape restorativeness. Journal of Environmental Psychology, 63, 36–43. https://doi.org/10.1016/j.jenvp.2019.03.005 DOI: https://doi.org/10.1016/j.jenvp.2019.03.005

Moulay, A., Ujang, N., Maulan, S., & Ismail, S. (2018). Understanding the process of parks’ attachment: Interrelation between place attachment, behavioural tendencies, and the use of public place. City, Culture and Society, 14, 28–36. https://doi.org/10.1016/j.ccs.2017.12.002 DOI: https://doi.org/10.1016/j.ccs.2017.12.002

Pol, E. (1996). La apropiación del espacio. In Cognición, representación y apropiación del espacio (pp. 45–62). Universitat de Barcelona.

Ponte, A. Q., Bomfim, Z. Á. C., & Pascual, J. G. (2009). Considerações Teóricas Sobre Identidade De. Psicologia Argumento, 27(59), 345 -354.

Ratcliffe, E., & Korpela, K. M. (2016). Memory and place attachment as predictors of imagined restorative perceptions of favourite places. Journal of Environmental Psychology, 48, 120–130. https://doi.org/10.1016/j.jenvp.2016.09.005 DOI: https://doi.org/10.1016/j.jenvp.2016.09.005

Ratcliffe, E., & Korpela, K. M. (2018). Time- and Self-Related Memories Predict Restorative Perceptions of Favorite Places Via Place Identity. Environment and Behavior, 50(6), 690–720. https://doi.org/10.1177/0013916517712002 DOI: https://doi.org/10.1177/0013916517712002

Rijnks, R. H., & Strijker, D. (2013). Spatial effects on the image and identity of a rural area. Journal of Environmental Psychology, 36, 103–111. https://doi.org/10.1016/j.jenvp.2013.07.008 DOI: https://doi.org/10.1016/j.jenvp.2013.07.008

Rivlin, L. G. (2003). Olhando o passado e o futuro: revendo pressupostos sobre as inter-relações pessoa- ambiente. Estudos de Psicologia, 8(2), 215–220. https://doi.org/10.1590/S1413-294X2003000200003 DOI: https://doi.org/10.1590/S1413-294X2003000200003

Roster, C. A., Ferrari, J. R., & Peter Jurkat, M. (2016). The dark side of home: Assessing possession “clutter” on subjective well-being. Journal of Environmental Psychology, 46, 32–41. https://doi.org/10.1016/j.jenvp.2016.03.003 DOI: https://doi.org/10.1016/j.jenvp.2016.03.003

Saraceno, B. (2011). A cidadania como forma de tolerância. Revista de Terapia Ocupacional Da Universidade de São Paulo, 22(2), 93–101. https://doi.org/10.11606/issn.2238-6149.v22i2p93-101 DOI: https://doi.org/10.11606/issn.2238-6149.v22i2p93-101

Scannell, L., & Gifford, R. (2017). The experienced psychological benefits of place attachment. Journal of Environmental Psychology, 51, 256–269. https://doi.org/10.1016/j.jenvp.2017.04.001 DOI: https://doi.org/10.1016/j.jenvp.2017.04.001

Seamon, D. (2014). Place attachment in phenomenology: The synergistic dynamism of place. In L. Manzo, & P. Devine-Wright (Eds.), Place attachment: Advances in theory, methods and applications (pp. 11–22). Routledge.

Valera, S., & Pol, E. (1994). El concepto de identidad social urbana: una aproximación entre la psicología social y la psicología ambiental. Anuario de Psicología, 62(3), 5–24. http://institutodeestudiosurbanos.info/dmdocuments/cendocieu/coleccion_digit-al/Cultura_Cudadana/Concepto_Identidad_Social-Valera_Segi-1994.pdf%5Cnzotero://attachment/174

Valera, Sergi, & Guàrdia, J. (2002). Urban social identity and sustainability: Barcelona’s Olympic Village. Environment and Behavior, 34(1), 54–66. https://doi.org/10.1177/0013916502034001004 DOI: https://doi.org/10.1177/0013916502034001004

Downloads

Publicado

2023-11-15

Como Citar

Barboza da Silveira, B., & Kuhnen, A. (2023). Constituição da identidade social urbana de moradores de serviços residenciais terapêuticos. Psico, 54(1), e39397. https://doi.org/10.15448/1980-8623.2023.1.39397