Escala de Crenças sobre Educação Sexual (ECES)
Evidências de Validade no Brasil
DOI:
https://doi.org/10.15448/1980-8623.2023.2.40098Palavras-chave:
Educação sexual, Escala, Validação de constructo, Adaptação transcultural, EscolaResumo
Este estudo tem como objetivo realizar a adaptação transcultural e produzir evidências de validade de uma escala para medir crenças sobre educação sexual no contexto brasileiro. Participaram desta pesquisa 580 universitários de cursos de licenciaturas, que responderam a um questionário contendo a versão adaptada da escala. Foram realizados procedimentos para adaptação transcultural do instrumento original e uma Análise Fatorial Exploratória (AFE) do instrumento adaptado. A versão fi nal da Escala de Crenças sobre Educação Sexual (ECES), composta por dez itens distribuídos em um único fator com uma capacidade de explicação de variância de 47,9%, apresentou boas evidências de validade e fi dedignidade, com coefi ciente alfa de Cronbach de 0,895 e boa conexão com um instrumento correlato. Os resultados indicam que a ECES consiste em uma boa ferramenta de medida, contextualizada com a realidade brasileira.
Downloads
Referências
Almeida, H. R. A., Maia, L. M., & Chaves, H. V. (2016). Homofobia na escola: Algumas posições assumidas por instituições de Psicologia no Brasil. Psicologia Política, 16(35), 71–85. Recuperado de http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?pid=S1519549X2016000100005&script=sci_abstract
Alós, A. P. (2011). Gênero, epistemologia e performatividade: Estratégias pedagógicas de subversão. Revista Estudos Feministas, 19(2), 421–449. http://dx.doi.org/10.1590/S0104026X2011000200007 DOI: https://doi.org/10.1590/S0104-026X2011000200007
Asinelli-Luz, A., & Cunha, J. M. (2011). Percepções sobre a discriminação homofóbica entre concluintes do ensino médio no Brasil entre 2004 e 2008. Educar em Revista, (39), 87–102. http://dx.doi.org/10.1590/S0104- 40602011000100007 DOI: https://doi.org/10.1590/S0104-40602011000100007
Ataliba, P., & Mourão, L. (2018). Avaliação de impacto do Programa Saúde nas Escolas. Psicologia Escolar e Educacional, 22(1), 27–36. http://dx.doi.org/10.1590/2175- 35392018011566 DOI: https://doi.org/10.1590/2175-35392018011566
Blankenheim, T., Ramos, N. F., Pizzinato, A., & Costa, A. B. (2020). A (in)visibilidade dos campos de sexualidade e do gênero na educação infantil: Análise de grupo focal com educadoras. In E. Cerqueira-Santos & L. F. de Araújo (Orgs.), Metodologias e investigação no campo da exclusão social (pp. 189–208). Teresina, PI: EDUFPI.
Borges, Z. N., & Meyer, D. E. (2008). Limites e possibilidades de uma ação educativa na redução da vulnerabilidade à violência e à homofobia. Ensaio: Avaliação e políticas públicas em educação, 16(58), 59–76. http://dx.doi.org/10.1590/S0104-40362008000100005 DOI: https://doi.org/10.1590/S0104-40362008000100005
Bortolini, A. (2015). O sujeito homossexual como tema de aula: Limites e oportunidades didáticas. Cadernos Pagu, (45), 479–501. http://dx.doi.org/10.1590/18094 449201500450479 DOI: https://doi.org/10.1590/18094449201500450479
Brasil. Secretaria de Educação Fundamental. (1997). Parâmetros curriculares nacionais: pluralidade cultural, orientação sexual. Brasília,: MEC/SEF.
Brasil. Secretaria de Educação Fundamental. (1998). Parâmetros curriculares nacionais: Terceiro e quarto ciclos do ensino fundamental: Introdução aos parâmetros curriculares nacionais. Brasília: MEC/SEF.
Brasil. (2014). Lei n. 13.005, de 25 de junho de 2014. Aprova o Plano Nacional de Educação- PNE e dá outras providências. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato20112014/2014/lei/l13005.htm
Brasil. (2018). Base Nacional Comum Curricular. Brasília: Ministério da Educação. http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_EI_EF_110518_versaofinal_site.pdf
Carvalho, C. S., Silva, E. R., Souza, S. J., & Salgado, R. G. (2012). Direitos sexuais de crianças e adolescentes: Avanços e entraves. Psicologia Clínica, 24(1), 69–88. Recuperado de http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-56652012000100006 DOI: https://doi.org/10.1590/S0103-56652012000100006
Castro, M. G., Abramovay, M., & Silva, L. B. (2004). Juventudes e sexualidade. Brasília: UNESCO.
Conselho Nacional de Justiça. (2018). O Poder Judiciário na aplicação da Lei Maria da Penha 2018. Brasília: CNJ.
Conselho Nacional de Saúde. (2012). Resolução n. 466, de 12 de dezembro de 2012. Brasília: Ministério da Saúde. https://conselho.saude.gov.br/resolucoes/2012/Reso466.pdf
Conselho Nacional de Saúde. (2016). Resolução n. 510, de 07 de abril de 2016. Brasília: Ministério da Saúde. https://conselho.saude.gov.br/resolucoes/2016/Reso510.pdf
Corrêa, S., Januzzi, P. M., & Alves, J. E. D. (2003). Direitos e saúde sexual e reprodutiva: Marco teórico-conceitual e sistema de indicadores. In S. Cavenaghi (Coord.), Indicadores municipais de saúde sexual e reprodutiva (pp. 14–26). Rio de Janeiro: ABEP.
Costa, A. B., Bandeira, D. R., & Nardi, H. C. (2015). Avaliação do preconceito contra diversidade sexual e de gênero: Construção de um instrumento. Estudos de Psicologia, 32(2), 163–172. http://dx.doi.org/10.1590/0103-166X2015000200002 DOI: https://doi.org/10.1590/0103-166X2015000200002
Costa, A. B., Peroni, R. O., Bandeira, D. R., & Nardi, H. C. (2013). Homophobia or sexism? A systematic review of prejudice against nonheterosexual orientation in Brazil. International Journal of Psychology, 48(5), 900–909. https://doi.org/10.1080/00207594.2012.729839 DOI: https://doi.org/10.1080/00207594.2012.729839
Costa, A. B., Peroni, R. P., Camargo, E. S., Pasley, A., & Nardi, H. C. (2015). Prejudice toward gender and sexual diversity in a Brazilian public university: Prevalence, awareness, and the effects of education. Sexuality Research and Social Policy, 12, 261–272. https://doi.org/10.1007/s13178-015-0191-z DOI: https://doi.org/10.1007/s13178-015-0191-z
Dovidio, J., Hewstone, M., Gilck, P., & Esses, V. (2010). The SAGE handbook of prejudice, stereotyping and discrimination. London: SAGE. Figueiró, M. N. D. (2006). Formação de educadores sexuais: Adiar não é mais possível. (2a ed.). Londrina: EDUEL. DOI: https://doi.org/10.4135/9781446200919
Figueiró, M. N. D. (2009). Educação Sexual: Como ensinar no espaço da escola. In M. N. D.
Figueiró (Org.), Educação sexual: Múltiplos temas, compromissos comuns (pp. 141–171). Londrina: EDUEL.
Figueiró, M. N. D. (2010). Educação sexual: Retomando uma proposta, um desafio. (3a ed.). Londrina: EDUEL.
Furlanetto, M. F., Lauermann, F., Costa, C. B., & Marin, A. H. (2018). Educação sexual em escolas brasileiras: revisão sistemática da literatura. Cadernos de Pesquisa, 48(168), 550–571. https://doi.org/10.1590/198053145084 DOI: https://doi.org/10.1590/198053145084
Gava, T., & Villela, W. V. (2016). Educação em sexualidade: Desafios políticos e práticos para a escola. Sexualidad, Salud y Sociedad-Revista Latinoamericana, (24), 157–171. https://doi.org/10.1590/1984-6487.sess.2016.24.07.a DOI: https://doi.org/10.1590/1984-6487.sess.2016.24.07.a
Gesser, M., Oltramari, L. C., & Panisson, G. (2015). Docência e concepções de sexualidade na educação básica. Psicologia & Sociedade, 27(3), 558–568. https://doi.org/10.1590/1807-03102015v27n3p558 DOI: https://doi.org/10.1590/1807-03102015v27n3p558
Hair, J. F., Anderson, R. E., Tatham, R. L., & Black, W. C. (2005). Análise multivariada de dados (A. S. Sant’Anna & A. C. Neto, Trad.). Porto Alegre: Bookman.
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. (2016). Pesquisa nacional de saúde do escolar: 2015. Rio de Janeiro: IBGE.
Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada. (2018). Atlas da violência 2018 IPEA e FBSP. Fórum Brasileiro de Segurança Pública. Rio de Janeiro: IPEA. https://www.ipea.gov.br/atlasviolencia/download/9/atlas-2018
Lei n. 9.394/96, de 20 de dezembro de 1996. (1996). Estabelece as diretrizes e bases da Educação Nacional. Brasília: Ministério da Educação. https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9394.htm
Lionço, T., Alves, A. C. O., Mattiello, F., & Freire, A. M. (2018). Ideologia de gênero: Estratégia argumentativa que forja cientificidade para o fundamentalismo religioso. Psicologia Política, 18(43), 599–621.
Louro, G. L. (2001). Pedagogias da sexualidade. In G. L. Louro (Org.), O corpo educado: Pedagogias da sexualidade (pp. 7–34). Belo Horizonte: Autêntica.
Marcon, A. N., Prudêncio, L. E. V., & Gesser, M. (2016). Políticas públicas relacionadas à diversidade sexual na escola. Psicologia Escolar e Educacional, 20(2), 291–301. https://doi.org/10.1590/2175-353920150202968 DOI: https://doi.org/10.1590/2175-353920150202968
Mattos, A. R. (2018). Discursos ultraconservadores e o truque da “ideologia de gênero”: Gênero e sexualidades em disputa na educação. Revista Psicologia Política, 18(43), 573–586.
Ministério dos Direitos Humanos. (2018). Violência LGBTFóbicas no Brasil: dados da violência. Secretaria Nacional de Cidadania. Brasília: Ministério dos Direitos Humanos.
Nascimento, M. L., & Chiaradia, C. F. (2017). A retirada da orientação sexual do currículo escolar: Regulações da vida. Sisyphus Journal of Education, 5(1), 101–116. https://doi.org/10.25749/sis.10453
Oltramari, L. C., & Gesser, M. (2019). Educação e gênero: Histórias de estudantes do curso Gênero e Diversidade na Escola. Revista Estudos Feministas, 27(3). https://doi.org/10.1590/1806-9584-2019v27n357772 DOI: https://doi.org/10.1590/1806-9584-2019v27n357772
Portugal. (2010). Portaria n. 196-A/2010, de 09/04 – Regulamenta a Lei n. 60/2009. https://diariodarepublica.pt/dr/detalhe/portaria/196-a-2010-388625
Reis, M. H. A., & Vilar, D. G. R. (2006). Validity of a scale to measure teachers’ attitudes towards sex education. Sex Education, 6(2), 185–192. https://doi.org/10.1080/14681810600578834 DOI: https://doi.org/10.1080/14681810600578834
Rios, R. R. (2006). Para um direto democrático da sexualidade. Horizontes Antropológicos, 12(26), 71–100. https://doi.org/10.1590/S0104-71832006000200004 DOI: https://doi.org/10.1590/S0104-71832006000200004
Rios, R. R., & Resadori, A. H. (2018). Gênero e seus/suas detratores/as: “Ideologia de gênero” e violações de Direitos Humanos. Psicologia Política, 18(43), 622–636.
Rondini, C. A., Teixeira-Filho, F. S., & Toledo, L. G. (2017). Concepções homofóbicas de estudantes do ensino médio. Psicologia USP, 28(1), 57–71. https://doi.org/10.1590/0103-656420140011 DOI: https://doi.org/10.1590/0103-656420140011
Santos, J. J., & Cerqueira-Santos, E. (2020). Homofobia e escola, uma revisão sistematizada da literatura [Edição especial]. Subjetividades, 20(1). https://doi.org/10.5020/23590777.rs.v20iEsp1.e8734 DOI: https://doi.org/10.5020/23590777.rs.v20iEsp1.e8734
Sfair, S. C., Bittar, M., & Lopes, R. E. (2015). Educação sexual para adolescentes e jovens: Mapeando proposições oficiais. Saúde e Sociedade, 24(2), 620–632. https://doi.org/10.1590/S0104-12902015000200018 DOI: https://doi.org/10.1590/S0104-12902015000200018
Silva, D. R. Q., Costa, Z. L. S., & Müller, M. B. C. (2018). Gênero, sexualidade e políticas públicas de educação. Educação, 41(1), 49–58. DOI: https://doi.org/10.15448/1981-2582.2018.1.29812
Soares, Z. P., & Monteiro, S. S. (2019). Formação de professores/as em gênero e sexualidade: Possibilidades e desafios. Educar em Revista, 35(73), 287–305. https://doi.org/10.1590/0104-4060.61432 DOI: https://doi.org/10.1590/0104-4060.61432
Souza, E. J., Silva, J. P., & Santos, C. (2017). Representações de docentes acerca da diversidade sexual e homofobia. Estudos Feministas, 25(2), 519–544. https:// doi.org/10.1590/1806-9584.2017v25n2p519 DOI: https://doi.org/10.1590/1806-9584.2017v25n2p519
Teixeira-Filho, F. S., Rondini, C. A., & Bessa, J. C. (2011). Reflexões sobre homofobia e educação em escolas do interior paulista. Educação e Pesquisa, 37(4), 725–742. https://doi.org/10.1590/S1517-97022011000400004 DOI: https://doi.org/10.1590/S1517-97022011000400004
Toneli, M. J. F. (2006). Homofobia em contextos jovens urbanos: contribuições dos estudos de gênero. Psic: Revista da Vetor Editora, 7(2), 31–38. United Nations Programme on HIV/AIDS. Joint United Nations Programme on HIV/AIDS. (2016). Prevention Gap Report. https://www.unaids.org/en/resources/documents/2016/prevention-gap
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2024 Psico
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Direitos Autorais
A submissão de originais para a Psico implica na transferência, pelos autores, dos direitos de publicação. Os direitos autorais para os artigos publicados nesta revista são do autor, com direitos da revista sobre a primeira publicação. Os autores somente poderão utilizar os mesmos resultados em outras publicações indicando claramente a Psico como o meio da publicação original.
Licença Creative Commons
Exceto onde especificado diferentemente, aplicam-se à matéria publicada neste periódico os termos de uma licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional, que permite o uso irrestrito, a distribuição e a reprodução em qualquer meio desde que a publicação original seja corretamente citada.