“Ficando” sem ficar: a astúcia da indústria cultural

Autores

  • Regina Perez Christofolli Abeche Universidade Estadual de Maringá
  • Antonio Gonçalves Ferreira Junior Universidade Estadual de Maringá

Palavras-chave:

Ficar com, psicanálise, indústria cultural, vínculos afetivos.

Resumo

Este estudo desvela, sob uma perspectiva freudiana, a dinâmica do relacionamento afetivo-sexual conhecido como “ficar com” em sua intrínseca relação com a sociedade contemporânea, que produz indivíduos profundamente marcados pelos signos do consumo. Assim o faz, explorando a afinidade deste novo código de relacionamento e as formas de pensar e agir amplamente disseminadas pela indústria cultural. Conceito este, cunhado por Adorno e Horkheimer (1985c) na crítica à desubstancialização dos indivíduos em uma sociedade marcada pelo consumo e pela técnica. Em última análise, desvelamos o sentido oculto no termo “ficar com” a partir do mito de Ulisses na Odisséia analisado por Adorno. Com esta trajetória esclarecemos a manutenção de um deserto mediado via indústria cultural, principalmente devido a alienação dos indivíduos com relação a si mesmo e ao outro, como fonte de carinho e amparo, no acordo do eu entre pulsões e o meio externo – como apontado por Freud (1930).

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Biografia do Autor

Regina Perez Christofolli Abeche, Universidade Estadual de Maringá

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Antonio Gonçalves Ferreira Junior, Universidade Estadual de Maringá

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Como Citar

Abeche, R. P. C., & Junior, A. G. F. (2011). “Ficando” sem ficar: a astúcia da indústria cultural. Psico, 41(3). Recuperado de https://pucrs.emnuvens.com.br/revistapsico/article/view/8164