Pedagogias da mediunidade: economia moral e hierarquia no Vale do Amanhecer

Evenise Beatriz Sabatine

doi:10.15448/1984-7289.2025.1.46815

Autores

Evenise Beatriz Sabatine Universidade Federal de Santa Catarina (Ufsc), Florianópolis, SC, Brasil. https://orcid.org/0000-0002-7089-333X

DOI:

https://doi.org/10.15448/1984-7289.2025.1.46815

Palavras-chave:

Mediunidade, Aprendizagem ética, Economia moral, Ética ordinária

Resumo

Neste artigo, analiso a perspectiva da economia moral na relação entre carma e graça no telos do autoaperfeiçoamento do médium na doutrina espiritualista Vale do Amanhecer sob a ótica da ética ordinária. Etnograficamente, inspiro-me nas pedagogias da mediunidade, analisando a aprendizagem prática de recém-chegados e praticantes já consagrados na doutrina por meio da noção de Jean Lave e Etienne Wenger (1991) de participação periférica legítima para conceituar estágios iniciais de inclusão e envolvimento na prática ritual evidenciados, sobretudo na relação de exemplaridade entre mestre/aprendiz. Na análise, investigo como os iniciantes aprendem a participação hábil na vida litúrgica da doutrina e, especificamente, na conduta ritual incorporada. O artigo destaca os desafios enfrentados pelos iniciantes na aquisição do repertório incorporado dos rituais, incluindo a adaptação ao uso de gestos e a negociação dos significados produzidos por meio deles. Além disso, também ilustra como a dinâmica diferenciada entre recém-chegados e veteranos calcada nas estruturas hierárquicas da doutrina influencia o processo de aprendizagem.

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Biografia do Autor

Evenise Beatriz Sabatine, Universidade Federal de Santa Catarina (Ufsc), Florianópolis, SC, Brasil.

Mestre em Ciências Humanas e Sociais pela Universidade Federal do Oeste da Bahia (UFOB), em Barreiras BA, Brasil. Doutoranda no Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social pela Universidade Federal de Santa Catarina (Ufsc), em Florianópolis, SC, Brasil.

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