A questão da moral na política internacional

Uma reflexão teórico-crítica entre Kant e Nietzsche

Autores

DOI:

https://doi.org/10.15448/2178-5694.2021.1.40085

Palavras-chave:

Filosofia Moral, Teoria das Relações Internacionais, Teoria Crítica, Immanuel Kant, Friedrich Nietzsche

Resumo

Este trabalho visa analisar como é tratada a questão da moral na política internacional. Busca-se na filosofia moral um debate que pode ser absorvido nas Relações Internacionais, tomando Kant e Nietzsche enquanto os principais interlocutores das possibilidades da moral enquanto horizonte normativo. O antagonismo entre os dois alemães reflete as oposições que o tema da moral suscita dentro da teorização do internacional, fenômeno que, visível desde o primeiro debate teórico das Relações Internacionais, promove ainda hoje discussões sobre como a moral pode ser incorporada na política internacional. Assume-se, por fim, uma posição alicerçada na Teoria Crítica sobre a necessidade normativa de estabelecer nas Relações Internacionais uma crítica imanente da moral.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

João Henrique Salles Jung, Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), Porto Alegre, RS, Brasil.

Mestre e doutorando em Filosofia pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), em Porto Alegre, RS, Brasil. Colaborador do Cosmopolitanism, sediado em Lisboa; Research Fellow e Ex-Presidente do Instituto Sul-Americano de Política e Estratégia (ISAPE), em Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil. Bolsista stricto sensu da PUCRS.

Referências

Carr, Edward. 2001. Vinte anos de Crise: 1919-1939. Uma introdução ao estudo das Relações Internacionais. Brasília: Editora da UnB.

Cox, Robert. 1983. “Gramsci, Hegemony and International Relations: as Essay in Method.” Millennium: journal of International Studies 12 (2): 162-175. https://doi.org/10.1177/03058298830120020701

Der Derian, James. 1995. “A reinterpretation of realism: Genealogy, Semiology, Dromology.” In International Theory: Critical Investigations, organizado por James Der Derian, 363-396. New York: University Press.

Foucault, Michel. 2005. Em defesa da Sociedade. 4. ed. São Paulo: Martins Fontes.

Foucault, Michel. 2017. História da Sexualidade 1: A vontade de saber. Rio de Janeiro e São Paulo: Paz e Terra.

Gismondi, Mark. 2008. Ethics, Liberalism and Realism in International Relations. Londres: Routledge.

Habermas, Jürgen. 2012. Sobre a constituição da Europa: um ensaio. São Paulo: Ed. Unesp.

Hegel. Georg W. F. 2010. Introdução à filosofia do direito. Traduzido por Paulo Meneses, Agemir Bavaresco et al. São Leopoldo: Ed. UNISINOS.

Hobbes, Thomas. 2002. Do cidadão. 3. ed. São Paulo: Martins Fontes.

Honneth, Axel. 2003. Luta por reconhecimento: a gramática moral dos conflitos sociais. São Paulo: Editora 34.

Jaeggi, Rahel. 2018. Critique of forms of life. Cambridge (MA): Belknap Press of Harvard University Press.

Jung, João H. S. 2019a. “A Hegemonia Normativa das Relações Internacionais: o Terrorismo como forma de Desobediência Revolucionária.” In Democracia e Desobediência Civil, organizado por Pontel, Evandro et al., 223-236. Porto Alegre: Fundação Fênix. https://doi.org/10.36592/978-65-81110-00-0

Jung, João H. S. 2019b. “Por uma emancipação teórico-crítica: o Lugar de Fala enquanto forma de denunciar as assimetrias teóricas das Relações Internacionais”. In XIX Semana Acadêmica de Filosofia da PUCRS, vol. 3, organizado por Vaz, Giovane et al., 31-43. Porto Alegre: Fundação Fênix. https://doi.org/10.36592/978-65-81110-14-7-03

Kant, Immanuel. 2016. Crítica da Razão Prática. Petrópolis: Vozes; Bragança Paulista: Editora São Francisco.

Kant, Immanuel. 2017. Crítica da Razão Pura. Rio de Janeiro: Nova Fronteira.

Kant, Immanuel. 1986. Ideia de uma história universal de um ponto de vista cosmopolita. Traduzido por Rodrigo Naves e Ricardo Terra. São Paulo: Brasiliense.

Kant, Immanuel. 2004. Metafísica dos Costumes: princípios metafísicos da Doutrina do Direito. Traduzido por Artur Morão. Lisboa: Edições 70.

Kant, Immanuel. 2006. Para a paz perpétua. Traduzido por Bárbara Kristensen. Rianxo: Instituto Galego de Estudos de Segurança Internacional e da Paz.

Linklater, Andrew. 2000. “The question of the next stage in International Relations Theory: a critical-theoretical point of view.” In International Relations: critical concepts in political science, organizado por Andrew Linklater, 1633-1654. London: Routledge.

Maquiavel, Nicolau. 1982. O Príncipe. Traduzido por Roberto Grassi. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira.

Nietzsche, Friedrich. 2015. Além do bem e do mal. São Paulo: Martin Claret.

Nietzsche, Friedrich. 2012. Assim falou Zaratustra. São Paulo: Martin Claret.

Nietzsche, Friedrich. 2017. Crepúsculo dos ídolos ou A filosofia a golpes de martelo. Rio de Janeiro: Nova fronteira.

Nietzsche, Friedrich. 2016. Genealogia da moral: uma polêmica. Rio de Janeiro: BestBolso.

Nietzsche, Friedrich. 2005. Humano, demasiado humano. São Paulo: Companhia das Letras.

Nietzsche, Friedrich. 1992. O nascimento da tragédia, ou helenismo e pessimismo. São Paulo: Companhia das Letras.

Nour, Soraya. 2003. “Os Cosmopolitas. Kant e os “temas kantianos” em Relações Internacionais.” Contexto Internacional 25 (1): 7-46. https://doi.org/10.1590/s0102-85292003000100001

Platão. 1980. A República. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian.

Rawls, John. 2005. História da Filosofia Moral. São Paulo: Martins Fontes.

Waltz, Kenneth. 2001. Man, the State and War: a Theoretical Analysis. New York: Columbia University Press.

Downloads

Publicado

2021-08-06

Como Citar

Jung, J. H. S. (2021). A questão da moral na política internacional: Uma reflexão teórico-crítica entre Kant e Nietzsche. Conversas & Controvérsias, 8(1), e40085. https://doi.org/10.15448/2178-5694.2021.1.40085

Edição

Seção

Dossiê - Filosofia Política e Relações Internacionais