Moral sexual y pactos de silencio en una isla de Cabo Verde
el misterio de una tumba extramuros
DOI:
https://doi.org/10.15448/1980-864X.2025.1.46794Palabras clave:
adulterio, tumba fuera del cementerio, élite blanca, moral sexual, relaciones socioraciales, Isla del Fogo.Resumen
Cualquiera que camine por la ladera sur de la pequeña ciudad de S. Filipe, en la Isla del Fogo, en Cabo Verde, queda absorto por la fuerte impresión de soledad que transmite la tumba funeraria de una mujer enterrada fuera de los muros del cementerio. A partir de documentación de archivo, un estudio de las lápidas y entrevistas con los habitantes más antiguos del pueblo, intentamos averiguar por qué la mujer fue enterrada fuera del cementerio. El análisis de los datos recogidos suscitó algunas preguntas y reflexiones, que se comparten en este artículo. Los descendientes de las familias que formaban la antigua élite sociopolítica de la ciudad, a la que pertenecía esta mujer, adujeron predominantemente el hacinamiento del cementerio para explicar la ubicación de la tumba de sus antepasados. Los informantes ajenos a estas familias, en cambio, establecen un vínculo causal entre el adulterio supuestamente perpetrado por la mujer y la ubicación de la tumba. Las razones que llevaron a enterrar a una mujer de la élite de la isla fuera del recinto para los muertos plantean consideraciones sobre la moral sexual femenina y la estratificación socio-racial en el pasado reciente de Fogo.
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