Les femmes multitâches

sens en cours

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.15448/1984-4301.2024.1.46229

Palabras clave:

Femmes multitâches , Division sexuelle du travail , Discours , Idéologie , Sens

Resumen

Cet article cherche à analyser les effets de sens de la formulation « femmes multitâches », dans le but de réfléchir au mouvement de construction et de déconstruction des discours sur la division sexuelle du travail. Pour ce faire, nous posons les questions suivantes : (i) comment les sens de la division sexuelle du travail, qui classifie les activités professionnelles selon le genre, se déplacent-elles dans une formation discursive donnée traversée par l’idéologie patriarcale et de classe?; (ii) quels effets de résistance favorisent la dérive des sens socialement naturalisées? Cette réflexion s’appuie sur la perspective théorico-méthodologique de l’analyse du discours pecheutienne, dont l’objet historico-idéologique est le discours, dont la matérialité spécifique est la langue. C’est à partir du travail de description et d’interprétation proposé par cette théorie matérialiste que nous cherchons à comprendre le fonctionnement discursif de la formulation « femmes multitâches » qui circule dans les médias numériques, plus précisément dans le magazine en ligne CLÁUDIA. En analysant trois séquences discursives, nous avons mis en évidence que les sens de/sur les « femmes multitâches » véhiculent des valeurs promues par le capitalisme – qui couvrent l’exploitation de la classe ouvrière en exaltant l’excès de travail comme un indice de capacité intellectuelle et physique – mais incluent également la possibilité de résistance.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Biografía del autor/a

Maria do Rosario Alves Leite, Universidad Federal de Pernambuco (UFPE), Programa de Postgrado en Literatura (PPGL), Recife, Pernambuco, Brasil.

Estudiante de doctorado en el Programa de Postgrado en Literatura (UFPE), maestría en Educación de la Universidad Federal de Pernambuco (UFPE), especialista en Literatura Infantil de la Faculdade Frassinetti do Recife (Fafire), licenciatura en Derecho de la Universidad Federal de Pernambuco ( UFPE) y licenciada en Letras por la Universidad Católica de Pernambuco. Docente en las redes públicas municipales de Recife/PE y estado de Pernambuco. Realiza investigaciones sobre género y discurso jurídico, relaciones de género y educación, defensa de los derechos de las mujeres y políticas públicas, desde la perspectiva del análisis del discurso materialista.

Fernanda Correa Silveira Galli, Universidad Federal de Pernambuco (UFPE), Programa de Postgrado en Literatura (PPGL), Recife, Pernambuco, Brasil.

Licenciada en Letras por la Unesp/Assis (1997), Maestría en Literatura – Filología y Lingüística Portuguesa por la Unesp/Assis (2002), Doctora en Lingüística Aplicada por el IEL/Unicamp (2008), con pasantía sándwich en la Facultad de Psicología y Ciencias de Educación de la Universidad de Lisboa (2007), posdoctorado en Ciencias de la Información y la Comunicación en la FFCLRP/USP (2012) y en Estudios Lingüísticos de Ibilce/Unesp (2018). Desarrolla investigaciones en el campo del análisis del discurso francés, más específicamente sobre los discursos contemporáneos, el arte, las tecnologías y los medios digitales.

Citas

ALTHUSSER, Louis. Aparelhos ideológicos do Estado. 16. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2023.

BIROLI, Flávia. Gênero e desigualdades: os limites da democracia no Brasil. São Paulo: Boitempo, 2018.

BIROLI, Flávia. Uma posição desigual: mulheres, divisão sexual do trabalho e democracia. Blog da Boitempo, São Paulo, 2015. Disponível em: https://blogdaboitempo.com.br/2015/03/06/uma-posicao-desigual-mulheres-divisao-sexual-do-trabalho-e-democracia/. Acesso em: 17 abr. 2024.

BRASIL. Consolidação das leis do trabalho. Decreto-lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943. Brasília, 1943. Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del5452.htm. Acesso em: 8 mar. 2024.

CISNE, Mirla; IANAEL, Fernanda. Vozes de resistência no Brasil colonial: o protagonismo de mulheres negras. Revista Katálysis, Florianópolis, v. 25, n. 2, p. 191-201, maio 2022. DOI: https://doi.org/10.1590/1982-0259.2022.e84661

COSTA, Isaac; GUIMARÃES, Gleny Terezinha Duro. Interdiscurso/ Intradiscurso. In: FERREIRA, Maria Cristina Leandro (org.). Glossário de termos do discurso. ed. ampl. Campinas: Pontes, 2020. p. 161-166.

COURTINE, Jean Jacques. Análise do discurso político: o discurso político endereçado aos cristãos. São Carlos: EdUFSCar, 2022.

D’ERCOLE, Isabella. Como a maior revista feminina do país revolucionou o conteúdo para mulher. Revista Cláudia, Rio de Janeiro/São Paulo, 16 out. 2021. Seção Sua Vida. Disponível em: https://claudia.abril.com.br/sua-vida/60-anos-claudia-veja-a-historia-da-maior-revista-feminina/. Acesso em: 17 abr. 2024.

DA REDAÇÃO. 5 acessórios de iPhone para mulheres multitarefas no trabalho. Revista Cláudia, São Paulo, maio 2023. Disponível em: https://claudia.abril.com.br/trabalho/5-acessorios-de-iphone-para-mulheres-multitarefas-no-trabalho. Acesso em: 17 abr. 2024.

DA REDAÇÃO. Somos multitarefas, defende Carla Assumpção, CEO da Swarovski. Revista Cláudia, Rio de Janeiro/São Paulo, mar. 2019. Disponível em: https://claudia.abril.com.br/carreira/somos-multitarefas-defende-carla-assumpcao-ceo-da-swarovski. Acesso em: 17 abr. 2024.

FEDERICI, Sílvia. Calibã e a bruxa: mulheres, corpo e acumulação primitiva. São Paulo: Elefante, 2017.

FEDERICI, Sílvia. O patriarcado do salário: notas sobre Marx, gênero e feminismo. Trad. Heci Regina Candiani. São Paulo: Boitempo, 2021.

FERREIRA, Maria Cristina Leandro. Análise do discurso e suas interfaces: o lugar do sujeito na trama do discurso. Organon, Rio de Janeiro/Porto Alegre, v. 24, n. 48, 2010. Disponível em: https://seer.ufrgs.br/organon/article/view/28636/17316. Acesso em: 17 abr. 2024. DOI: https://doi.org/10.22456/2238-8915.28636

FERREIRA, Maria Cristina Leandro (org.). Glossário de termos do discurso. ed. ampl. Campinas: Pontes, 2020.

GALLI, Fernanda Correa Silveira; BIZIAK, Jacob dos Santos. Educação e produtividade em tempos de pandemia: discursos e sentidos em mídias digitais. Línguas e Instrumentos Linguísticos, Campinas, v. 24, p. 4-26, 2021. DOI: https://doi.org/10.20396/lil.v24i47.8662144

IBGE – INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Síntese de indicadores sociais: uma análise das condições de vida da população brasileira: Coordenação de População e Indicadores Sociais. Rio de Janeiro, 2022.

IBGE NOTÍCIAS. Em média, mulheres dedicam 10,4 horas por semana a mais que os homens aos afazeres domésticos ou ao cuidado de pessoas. Rio de Janeiro, jum. 2020. Press Release. Disponível em: https://agenciadenoticias.ibge.gov.br/agencia-sala-de-imprensa/2013-agencia-de-noticias/releases/27877-em-media-mulheres-dedicam-10-4-horas-por-semana-a-mais-que-os-homens-aos-afazeres-domesticos-ou-ao-cuidado-de-pessoas. Acesso em: 17 abr. 2024.

MITTMANN, Solange. Discurso e Texto: na pista de uma metodologia de análise. In: INDURSKY, Freda; FERREIRA, Maria Cristina Leandro (org.). Análise de discurso no Brasil: mapeando conceitos, confrontando limites. São Carlos: Claraluz, 2007.

OLIVEIRA, Alex Sander de; RADDE, Augusto. Condições de produção. In: FERREIRA, Maria Cristina Leandro (org.). Glossário de termos do discurso. ed. ampl. Campinas: Pontes, 2020. p. 48-50.

ORLANDI, Eni Puccinelli. Análise de discurso: princípios e procedimentos. 3 ed. Campinas: Pontes, 2001b.

ORLANDI, Eni Puccinelli. Discurso e texto: formulação e circulação de sentidos. Campinas: Pontes, 2001a.

ORLANDI, Eni Puccinelli. Segmentar ou recortar? In: GUIMARÃES, Eduardo. Lingüística: questões e controvérsias. Uberaba: Fiube, 1984. Série Estudos 10.

PÊCHEUX, Michel. Análise Automática do Discurso (AAD-69). In: GADET, Françoise; HAK, Tony (org.). Por uma análise automática do discurso: uma introdução à obra de Michel Pêcheux. 3 ed. Campinas: Unicamp, 1997b. p. 61-162.

PÊCHEUX, Michel. O discurso: estrutura ou acontecimento. Trad. Eni Orlandi. 3 ed. Campinas: Pontes, 2002.

PÊCHEUX, Michel. Ousar pensar e ousar se revoltar. Ideologia, marxismo, luta de classes. Trad. Guilherme Adorno e Gracinda Ferreira. Décalages, Rio de Janeiro, v. 1, n. 4, 2014. Disponível em: https://www.marxists.org/portugues/pecheux/ano/mes/40.pdf. Acesso em: 20 ago. 2024.

PÊCHEUX, Michel. Semântica e discurso: uma crítica à afirmação do óbvio. 3 ed. Campinas: Unicamp, 1997a.

PÊCHEUX, Michel; FUCHS, Catherine. A propósito da Análise Automática do Discurso: atualizações e perspectivas (1975). In: GADET, Françoise; HAK, Tony (org.). Por uma análise automática do discurso: uma introdução à obra de Michel Pêcheux. 3 ed. Campinas: Unicamp, 1997c. p. 163-252.

PRUINELLI, Andréia. Resistência. In: FERREIRA, Maria Cristina Leandro (org.). Glossário de termos do discurso. ed. ampl. Campinas: Pontes, 2020. p. 254-256.

Publicado

2024-12-04

Cómo citar

Alves Leite, M. do R., & Correa Silveira Galli, F. (2024). Les femmes multitâches: sens en cours. Letrônica, 17(1), e46229. https://doi.org/10.15448/1984-4301.2024.1.46229

Número

Sección

Dossiê: Contradiscursos de resistencia en diferentes entornos de interacción