Remix e sampling: identidades e memória dos DJs na música eletrônica
DOI:
https://doi.org/10.15448/1980-3729.2018.2.28156Palavras-chave:
Música eletrônica, memória, identidadeResumo
Este artigo versa sobre o uso das técnicas do sampling e do remix como parte dos processos criativos na música eletrônica que, em determinados casos, trazem memórias e identidades musicais dos DJs (disc-jóqueis). Por meio dos Estudos Culturais, a presente pesquisa investiga o hibridismo nas produções musicais de quatro DJs brasileiros: KL Jay (Racionais MC’s), Alfredo Bello (DJ Tudo), Luana Hansen (DJ e MC) e Rodrigo Gorky (Bonde do Rolê e Fatnotronic) – cujas subjetividades são percebidas nos sampleamentos e/ou remixagens. A ideia é compreender como a memória musical proporciona ao disc-jóquei determinados elementos que articulam hibridismos na linguagem musical. O sampling e as técnicas de remixagem oferecem a esses DJs meios de reforçar a diversidade musical nas mídias. Dessa forma, o aspecto fugidio das identidades desses artistas, que opera nas substâncias híbridas de suas canções, subverte padronizações e discursos hegemônicos na cultura midiática.Downloads
Referências
BOSI, Ecléa. O tempo vivo da memória: ensaios de psicologia social. São Paulo: Ateliê Editorial, 2003.
CANDAU, Joël. Memória e identidade. São Paulo: Contexto, 2014.
CONTER, Marcelo Bergamin; SILVEIRA, Fabrício Lopes da. Sampleamento de imagens sonoras em Fear of a Black Planet. Revista Resonancias, Santiago de Chile, v. 19, n. 35, p. 47-60, 2014. Disponível em: http://resonancias.uc.cl/images/PDFs_n_35/conter_lopes_sampleamento.pdf. Acesso em: 04 mai. 2017.
DE MARCHI, Leonardo. A angústia do formato: uma história dos formatos fonográficos. Revista E-Compós, Brasília, v. 2, 2005. Disponível em: http://www.compos.org.br/seer/index.php/e-compos/article/view/29/30. Acesso em: 20 abr. 2011.
DELEUZE, G; GUATTARI, F. Mil platôs: capitalismo e esquizofrenia, v. 1. São Paulo: Editora 34, 2000.
ECO, Umberto. La definición del arte. Barcelona: Martínez Roca, 1970.
FOUCAULT, Michel. Aesthetics, method, and epistemology. New York: The New Press, 1998.
GARCÍA CANCLINI, Néstor. Consumidores y ciudadanos conflictos multiculturales de la globalización. Miguel Hidalgo: Grijalbo, 1995.
GAVANAS, Anna; REITSAMER, Rosa. DJ technologies, social networks and gendered trajectories in european DJ cultures. In: ATTIAS, B. A.; GAVANAS, A.; RIETVELD, H. C. (edits.). DJ culture in the mix: power, technology, and social change in
electronic dance music. London: Bloomsbury Academic, 2013.
GOMES, Itania Maria Mota. Raymond Williams e a hipótese cultural da estrutura de sentimento. In: GOMES, I. M. M.; JANOTTI JR, J. (orgs.). Comunicação e estudos culturais. Salvador: Edufba, 2011.
GUNKEL, David J. Of remixology: ethics and aesthetics after remix. London: MIT Press, 2016.
HALL, Stuart. A identidade cultural na pós-modernidade. Rio de Janeiro: Lamparina, 2014.
______. Da diáspora: identidades e mediações culturais. Belo Horizonte: UFMG, 2003.
HALBWACHS, Maurice. Memória coletiva. São Paulo: Vértice, 1990.
LAPLANTINE, François; TRINDADE, Liana. O que é imaginário. São Paulo: Brasiliense, 1997.
LE GOFF, Jacques. História e memória. Campinas: Unicamp, 2003.
NAVAS, Eduardo. Remix theory: the aesthetics of sampling. New York: Springer-Verlag/Wien, 2012.
PERAZZO, Priscila Ferreira. Narrativas orais de histórias de vida. Revista Comunicação & Inovação. São Caetano do Sul, v. 16, n. 30, p. 121-131, 2015. Disponível em:
http://seer.uscs.edu.br/index.php/revista_comunicacao_inovacao/article/view/2754/1672 Acesso em: 14 ago. 2015.
PEREIRA, Simone Luci. Temos nosso próprio tempo: memória, temporalidade, consumo e imaginários juvenis sobre a década de 1980. In: ROCHA, R. M.; PERES-NETO, L. (orgs.). Memória, comunicação e consumo: vestígios e prospecções. Porto Alegre: Sulina, 2015.
REYNOLDS, Simon. Retromania: pop culture’s addiction to its own past. London: Faber and Faber, 2011.
SANTOS, Fátima Carneiro dos. Música das ruas: o exercício de uma escuta nômade. Revista Opus. São Paulo, v. 7, p. 62-71, set. 2000.
SARLO, Beatriz. Tiempo passado. Cultura de la memoria y giro subjetivo. Uma discusión. Buenos Aires: Siglo XXI Editores Argentinos, 2007.
TATIT, Luiz. O século da canção. São Paulo: Ateliê Editorial, 2004.
VARGAS, Herom; CARVALHO, Nilton F. de. DJ Tudo, samples e hibridismos: da linguagem do estúdio para a apresentação ao vivo. Líbero. São Paulo, v. 19, n. 38, p. 59-68, 2016. Disponível em: http://seer.casperlibero.edu.br/index.php/libero/article/
view/800/790. Acesso em: 5 jun. 2017.
VARGAS, Herom. Hibridismos musicais de Chico Science & Nação Zumbi. Cotia (SP): Ateliê Editorial, 2007.
VILA, Pablo. Identidades narrativas y música. Una primera propuesta para entender sus relaciones. TRANS Revista Transcultural de Música - Transcultural Music Review. Barcelona, n. 2, p. 1-26, 1996. Disponível em: http://www.sibetrans.com/
trans/articulo/288/identidades-narrativas-y-musica-una-primera-propuestapara-entender-sus-relaciones#top. Acesso em: 23 set. 2015.
WHITE, Phil; CRISELL, Luke; PRINCIPE, Rob. On the record. New York: St. Martin’s Press, 2009.
WILLIAMS, Raymond. Marxismo y literatura. Barcelona: Península, 1988.
Entrevistas:
Kleber Geraldo Simões (KL Jay), por Nilton Faria de Carvalho, 25 jul. 2015, São Paulo.
Luiz Alfredo Coutinho (DJ Tudo), por Nilton Faria de Carvalho, 19 jul. 2015, São Paulo.
Luana Hansen, por Nilton Faria de Carvalho, 16 jun. 2015, São Paulo.
Rodrigo Pereira Antunes (Rodrigo Gorky), por Nilton Faria de Carvalho, 30 jun. 2015,
São Paulo.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Derechos de Autor
La sumisión de originales para la Revista Famecos implica la transferencia, por los autores, de los derechos de publicación. El copyright de los artículos de esta revista es el autor, junto con los derechos de la revista a la primera publicación. Los autores sólo podrán utilizar los mismos resultados en otras publicaciones indicando claramente a Revista Famecos como el medio de la publicación original.
Creative Commons License
Excepto donde especificado de modo diferente, se aplican a la materia publicada en este periódico los términos de una licencia Creative Commons Atribución 4.0 Internacional, que permite el uso irrestricto, la distribución y la reproducción en cualquier medio siempre y cuando la publicación original sea correctamente citada.