Da reportagem hipermídia ao feed do Facebookl
O processo de circulação de mensagens pós-recepção sobre o racismo no Brasil
DOI:
https://doi.org/10.15448/1980-3729.2020.1.37546Palavras-chave:
Reportagem hipermídia, Midiatização, TABResumo
Dentre os gêneros jornalísticos, a reportagem é o de maior aprofundamento. Quando ambientada na internet, passa a ser hipermidiática e, potencialmente, mais imersiva. No entanto, reportagens hipermídias são alocadas em ambientes fechados, o que faz com que seus produtores as distribuam em redes sociais digitais. Assim, como se daria o processo de recepção e pós-recepção de reportagens do tipo em tais situações? Para responder a essa questão, investigou-se o processo de pós-recepção a partir de mensagens de usuários do Facebook sobre dois vídeos extraídos de reportagem hipermídia veiculada pelo TAB. Foi utilizada a metodologia proposta por Braga (2006) para a análise do dispositivo social de resposta, bem como duas entrevistas, sendo uma em profundidade. Os resultados indicam que a hiperdistribuição das redes sociais amplifica o alcance das mensagens, mas há incompreensões inerentes ao processo, devido à existência de subsistemas distintos de recepção compartilhando omesmo espaço de pós-recepção.
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