O telefone celular na rede-jornalismo: o conceito de equívoco e a invenção de uma teoria diferenciante
DOI:
https://doi.org/10.15448/1980-3729.2020.1.34549Palavras-chave:
Teoria do Jornalismo. Antropologia. Equívoco.Resumo
A partir da Teoria Ator Rede e do método da Cartografia de Controvérsias (LATOUR, 2005; LEMOS, 2013), fazemos um mapeamento das mudanças agenciadas pelo telefone celular na rede-jornalismo, a partir de vivências etnográficas, durante as manifestações contra a realização da Copa do Mundo, no Rio de Janeiro, em 2014, e durante os protestos do movimento Black Lives Matter, em Nova Iorque, em 2015. A partir do material empírico, os conceitos de animismo e de tradução agenciam reflexões sobre o procedimento jornalístico, a partir da definição da notícia como uma tentativa de controlar o mundo ou, um tipo de controle coletivizante (WAGNER, 2010), que inventa o mundo a partir da redução da diferença. O contrário disso seria a invenção diferenciante, na qual a comunicação acontece pela diferença, em uma tradução-traição. Aventamos, então, a possibilidade de pensar um jornalismo em equívoco (VIVEIROS DE CASTRO, 2002, 2015), criando espaço para a proposta de uma teoria diferenciante do jornalismo.
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Referências
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