Processos de subjetivação e acontecimento comunicacional
DOI:
https://doi.org/10.15448/1980-3729.2021.1.41010Palavras-chave:
Comunicação, Processos de subjetivação, SentidoResumo
Com este artigo, busca-se demarcar uma perspectiva teórica para os estudos da comunicação com base nos processos de subjetivação. No trabalho, desenvolvem-se as noções de acontecimento e de comunicação que integram a Nova Teoria da Comunicação, de Ciro Marcondes Filho, e procura-se acentuar os estudos que abordam questões da subjetividade. O que justifica esse olhar comunicacional é o pressuposto de um conceito que mobilize os modos de constituição de si. O objetivo é articular um conceito de comunicação cujo centro não é o media, mas o processo e, nele, os modos de constituição do sujeito. A pesquisa bibliográfica tem referencial teórico pós-estruturalista. Conclui-se que a articulação do campo da comunicação com as questões da subjetividade depende de um olhar específico fundamentado em um conceito comunicacional pelo qual se desenvolve a articulação.
Downloads
Referências
BACHELARD, G. A poética do espaço. São Paulo: Martins Fontes, 1993.
BRAGA, José Luiz. Polarização como estrutura da intolerância: uma questão comunicacional. In: HELLER, Barbara; CAL, Danila; ROSA, Ana Paula da. Midiatização, (in)tolerância e reconhecimento. Salvador: EDUFBA, 2020. p. 19-35.
BRAGA, José Luiz. Interagindo com Foucault. Os arranjos disposicionais e a comunicação. Questões transversais. Revista de Epistemologia da Comunicação, v. 6, n. 12, p. 81-91, jul./dez. 2018.
BRAGA, José Luiz. Uma conversa sobre dispositivos. Belo Horizonte: PPGCOM/UFMG, 2020.
CASTRO, Edgardo. Vocabulário de Foucault: um percurso pelos seus temas, conceitos e autores. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2009.
DELEUZE, Gilles. Espinosa: filosofia prática. São Paulo: Escuta, 2002.
DELEUZE, Gilles. Lógica do sentido. São Paulo: Perspectiva, 2006.
DELEUZE, Gilles. Diferença e repetição. Rio de Janeiro: Graal, 1988.
DELEUZE, Gilles; GUATTARI, Félix. O que é filosofia? Rio de Janeiro: 34, 1992.
DELEUZE, Gilles; GUATTARI, Félix. Mil Platôs: capitalismo e esquizofrenia. Rio de Janeiro: 34, 1997.
FERRARA, Lucrécia D’Alessio. A comunicação como espetáculo e dispositivo epistemológico. Signo y pensam, Bogotá, v. 30, n. 58, p. 40-51, jun. 2011.
FERREARA, Lucrécia D’Alessio. A epistemologia da diferença. In: ANAIS DO ENCONTRO ANUAL DA COMPÓS, 30., 2021, São Paulo. Anais eletrônicos [...]. Campinas: Galoá, 2021. Disponível em: https://proceedings.science/compos/compos-2021/papers/a-epistemologia-da-diferenca?lang=pt-br. Acesso em: 19 nov. 2021.
FISCHER, Rosa Maria Bueno. Mídia e produção do sujeito: o privado em praça pública. In: FONSECA, Tânia Mara Galli; FRANCISCO, Deise Juliana (org.). Formas de ser e habitar a contemporaneidade. Porto Alegre: Ed. UFRGS, 2000. p. 109-120.
FOUCAULT, Michel. A ordem do discurso. São Paulo: Loyola, 1996.
FOUCAULT, Michel. O sujeito e o poder. In: DREYFUS, Hubert; RABINOW, Paul (org.). Michel Foucault: uma trajetória filosófica. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 1985. p. 231-249.
FOUCAULT, Michel. Vigiar e punir: nascimento da prisão. Petrópolis: Vozes, 1987.
FOUCAULT, Michel. Arqueologia do saber. 8. ed. São Paulo: Martins Fontes, 2013.
FOUCAULT, Michel. Nietzsche, a genealogia e a história. In: FOUCAULT, Michel. Microfísica do poder. Rio de Janeiro: Graal, 1992. p. 15-37.
FOUCAULT, Michel. Nascimento da biopolítica. São Paulo: Martins Fontes, 2008. GIL, José. Em busca da identidade: o desnorte. Lisboa: Relógio D’Água, 2009.
MACHADO, Arlindo. Máquinas de vigiar. Revista USP, São Paulo, n. 7, p. 23-32, 1990.
MACHADO, Arlindo. O sujeito no ciberespaço. In: CONGRESSO BRASILEIRO DA COMUNICAÇÃO, 24., 2001, Campo Grande. Anais eletrônicos [...] Campo Grande, 2001. Disponível em: http://www.portcom.intercom.org.br/pdfs/29708550691795394214029897104174778288.pdf. Acesso em: 22 nov. 2021.
MARCONDES FILHO, Ciro. O princípio da razão durante: diálogo, poder e interfaces sociais da comunicação. São Paulo: Paulus, 2011. v. 4. (Nova Teoria da Comunicação, III, tomo IV.).
MARCONDES FILHO, Ciro. O rosto e a máquina: o fenômeno da comunicação visto pelos ângulos humano, medial e tecnológico. São Paulo: Paulus, 2013. v. 1. (Nova Teoria da Comunicação).
MARCONDES FILHO, Ciro. Das coisas que me fazem pensar. O debate sobre a Nova Teoria da Comunicação. São Paulo: Ideias & Letras, 2014.
MAY, Todd. Pós-estruturalismo e anarquismo. Rio de Janeiro: Achiamé, [1995?].
SARGENTINI, Vanice Maria Oliveira. Dispositivo: um aporte metodológico para o estudo do discurso. In: SOUZA, Kátia Menezes de; PAIXÃO, Humberto Pires (org.). Dispositivos de poder/saber em Michel Foucault: biopolítica, corpo e subjetividade. São Paulo: Intermeios; Goiânia: UFG, 2015. p. 17-27.
VENERA, José Isaías. O campo da comunicação e do jornalismo em torno dos problemas do poder e da dominação. In: GOLEMBIEWSKI, Carlos (org.). Pesquisa em comunicação: jornal, rádio, TV e redes. Curitiba: Brazil Publishing, 2020. p. 6-15.
VENERA, José Isaias.; MATOS, Silvio Simão de; GOLEMBIEWSKI, Carlos; BRUCKHEIMER, L. C. Mulheres Unidas com o Brasil: net-ativismo, gênero e amparo. Paradoxos, Porto Alegre, v. 6, n. 1, p. 103-123, 2021.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2021 Revista FAMECOS

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Derechos de Autor
La sumisión de originales para la Revista Famecos implica la transferencia, por los autores, de los derechos de publicación. El copyright de los artículos de esta revista es el autor, junto con los derechos de la revista a la primera publicación. Los autores sólo podrán utilizar los mismos resultados en otras publicaciones indicando claramente a Revista Famecos como el medio de la publicación original.
Creative Commons License
Excepto donde especificado de modo diferente, se aplican a la materia publicada en este periódico los términos de una licencia Creative Commons Atribución 4.0 Internacional, que permite el uso irrestricto, la distribución y la reproducción en cualquier medio siempre y cuando la publicación original sea correctamente citada.