Comunicação interna como encruzilhada biopolítica
historicidades, latência e melancolia
DOI:
https://doi.org/10.15448/1980-3729.2022.1.43025Palavras-chave:
comunicação interna, biopolítica, historicidades, abordagem afetivaResumo
Este texto, de caráter ensaístico e imbuído de uma abordagem afetiva, busca narrar a comunicação interna como um conjunto de interações vinculadas de modo imediato à gestão organizacional e atravessado pela materialização da ideologia do progresso, nos ambientes relacionais das organizações modernas. A partir disso, o texto vislumbra a comunicação interna como encruzilhada biopolítica, tonalizada pela intensificação de passados (historicidades), por diferenças desatualizadas (latências) e por atmosferas de melancolia, frente a futuros falidos e a emergências furtivas de uma biopotência.
Downloads
Referências
BALDISSERA, Rudimar. Tensões dialógico-recursivas entre a comunicação e a identidade organizacional. Organicom, São Paulo. v. 4, n. 7, p. 228-243, 2007. DOI: https://doi.org/10.11606/issn.2238-2593.organicom.2007.138954
BALDISSERA, Rudimar. Comunicação e significação na construção da imagem-conceito. Revista Fronteira, [S.l.], v. 10, p. 193-200, 2008. DOI: https://doi.org/10.4013/fem.20083.06
BALDISSERA, Rudimar. Comunicação Organizacional na perspectiva da complexidade. Organicom, [S. l.], Edição Especial, n. 10/11, p. 115-120, 2009. DOI: https://doi.org/10.11606/issn.2238-2593.organicom.2009.139013
BALDISSERA, Rudimar. Comunicação organizacional, tecnologias e vigilância: entre a realização e o sofrimento. E-compós, Brasília, v. 17, n. 2, maio/ago. 2014. DOI: https://doi.org/10.30962/ec.1043
BALDISSERA, Rudimar.; VINHOLA, Bruno. MIDIATIZAÇÃO E COMUNICAÇÃO ORGANIZACIONAL: APROXIMAÇÕES TENTATIVAS. Animus. Revista Interamericana de Comunicação Midiática, [S. l.], v. 19, n. 39, p. 22-39, 2020. DOI: https://doi.org/10.5902/2175497739595
BENJAMIN, Walter. Sobre o conceito de história. In: BENJAMIN, W. Obras escolhidas. Magia e técnica, arte e política. Ensaios sobre literatura e história da cultura. São Paulo: Brasiliense, 1987. v. 1, p. 222-232.
BERNARDINO-COSTA, Joaze; GROSFOGUEL, Ramón. Decolonialidade e perspectiva negra. Revista Sociedade e Estado, [S. l.], v. 31, n. 1, p. 15-24, p. jan./abr. 2016. DOI: https://doi.org/10.1590/S0102-69922016000100002
CERTEAU, Michel de. A invenção do cotidiano: artes de fazer. Petrópolis, RJ: Vozes, 1994.
FOUCAULT, Michel. História da sexualidade I: a vontade de saber. 13. ed. Rio de Janeiro: Graal, 1999.
GALLO, Sylvio. Em torno de uma educação menor. Educação e Realidade, Porto Alegre, v. 27, n. 2, p. 169-178, jul./dez. 2002.
GUMBRECHT, Hans Ulrich. Produção de Presença – o que o sentido não consegue transmitir. Rio de Janeiro: Contraponto: Ed-Puc Rio, 2010.
GUMBRECHT, Hans Ulrich. Depois de 1945: latência como origem do presente. São Paulo: Editora Unesp, 2014.
GUMBRECHT, Hans Ulrich. Nosso amplo presente – O tempo e a cultura contemporânea. 1. ed. São Paulo: Ed. Unesp, 2015.
HENRIQUES, Márcio. SILVA, Daniel. Vigilância civil e internet: possibilidades e limitações na disputa por visibilidade e na construção de credibilidade. Revista Conexões – Comunicação e Cultura, Caxias do Sul, v. 16, n. 3, p. 21-41, jan./jun. 2017. DOI: https://doi.org/10.18226/21782687.v16.n31.01
KOSELLECK, Reinhart. Estratos do Tempo: Estudos sobre história. Rio de Janeiro: Contraponto: Ed. PUC-Rio, 2001.
MAFRA, Rennan. As organizações modernas e o contemporâneo: notas para uma leitura comunicacional do presente. Logos, [S. l.], v. 28, n. 3, p. 89, fev. 2022. ISSN 1982-2391. Disponível em: https://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/logos/article/view/62436/41404. Acesso em: 30 jun. 2022.
MARQUES, Ângela. MAFRA, Rennan. A comunicação interna em contextos organizacionais e a criação de cenas de dissenso. Comunicação Pública, [S. l.], v. 13, p. 1-20, 2018. DOI: https://doi.org/10.4000/cp.2940
MORICEAU, Jean-Luc. A virada afetiva como ética: nos passos de Alphonso Lingis. In: PRATA, Nair. PESSOA, Sônia (org.). Desigualdades, gêneros e comunicação. São Paulo: Intercom, 2019. p. 41-49.
MORICEAU, Jean-Luc. Escritura e afetos. In: PESSOA, Sônia; MARQUES, Ângela C. S.; MENDONÇA, Carlos M. C. (org.). Afetos, teses e argumentos. Belo Horizonte, MG: Fafich: Selo PPGCOM/UFMG, 2021. p. 17-32.
PELBART, Peter Pál. Políticas da vida, produção do comum e a vida em jogo. Saúde Soc., São Paulo, v. 24, supl. 1, p. 19-26, 2015. DOI: https://doi.org/10.1590/s0104-12902015s01002
PIMENTA, Laura Nayara. Processos mobilizadores em contextos embaraçosos: a atuação dos agentes implementadores no enfrentamento à exploração sexual infantojuvenil no Vale do Jequitinhonha. 2019. 295 p.Tese [Doutorado em Comunicação Social] – Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2019.
PINTO, Júlio Roberto de Souza; MIGNOLO, Walter D. A modernidade é de fato universal? Reemergência, desocidentalização e opção decolonial. Revista Civitas, Porto Alegre, v. 15, n. 3, p. 381-402, jul./set. 2015. DOI: https://doi.org/10.15448/1984-7289.2015.3.20580
RANGEL, Marcelo de M. Melancolia e história em Walter Benjamin. Ensaios Filosóficos, [S. l.], v. XIX, p. 126-137, 2016.
SAFATLE, Vladimir. Cinismo e Falência da Crítica. São Paulo: Boitempo, 2008.
TAYLOR, Charles As fontes do self: Construção da identidade moderna. São Paulo: Edições Loyola, 2011.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2023 Revista FAMECOS

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Derechos de Autor
La sumisión de originales para la Revista Famecos implica la transferencia, por los autores, de los derechos de publicación. El copyright de los artículos de esta revista es el autor, junto con los derechos de la revista a la primera publicación. Los autores sólo podrán utilizar los mismos resultados en otras publicaciones indicando claramente a Revista Famecos como el medio de la publicación original.
Creative Commons License
Excepto donde especificado de modo diferente, se aplican a la materia publicada en este periódico los términos de una licencia Creative Commons Atribución 4.0 Internacional, que permite el uso irrestricto, la distribución y la reproducción en cualquier medio siempre y cuando la publicación original sea correctamente citada.