A propaganda política na construção do imaginário coletivo no cinema de resistência: estudo de caso do filme Jango de Silvio Tendler
DOI:
https://doi.org/10.15448/1980-3729.2011.1.8795Palavras-chave:
João Goulart, marketing politico, propaganda políticaResumo
Este estudo tem como objetivo propor uma análise do modo como se constrói a representação da imagem eleitoral de João Goulart, sob a ótica da propaganda política no cinema brasileiro no período pós-ditadura. Para a realização desse objetivo contamos com o longa-metragem de Silvio Tendler de 1984, intitulado Jango. Cremos que este estudo se justifica por contribuir para identificar, compreender e mapear o imaginário da sociedade brasileira sobre João Goulart. Para o desenvolvimento do tema foram analisadas teorias de marketing político, propaganda ideológica e persuasão. A pesquisa foi norteada pelo método qualitativo e aplicadas as técnicas de pesquisa histórica e estudo de caso. Concluímos que o filme de Silvio Tendler reconstruiu a imagem de João Goulart ressaltando seu papel na luta pelas reformas de base. A mistificação de Jango foi exposta no documentário expositivo.Downloads
Referências
BACZO, Bronislaw. Aimaginação social In: LEACH, Edmund et al. Anthropos-Homem. Lisboa Nacional/Casa da Moeda, 1985.
BERNARDET, Jean-Claude. O que é cinema. 3. ed. São Paulo: Brasiliense, 1981.
______. Cineastas e Imagens do povo. São Paulo: Brasiliense, 1985.
BERNARDET, Jean-Claude; RAMOS, Alcides Freire. Cinema e história do Brasil. São Paulo: Ed. Contexto, 1988.
BROWN, J.A.C. Técnicas de Persuasão: da propaganda à lavagem cerebral. Trad. Octavio Alves Velho. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1976.
BURKE, Peter. A Fabricação do Rei: a construção da imagem pública de Luís XIV. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1994.
CASTORIADIS, Cornelius. A instituição imaginária da sociedade. 3. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1995.
CUNHA, Magali do Nascimento. Crise, Esquecimento e Memória. O Centro Ecumênico de Informação e a construção da identidade do Protestantismo Brasileiro. 1997. Dissertação (Mestrado em Memória Social e Documento) – Universidade do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, 1997.
D’ALMEIDA, Alfredo Dias. De Jango, de Sílvio Tendler, a Salvador Allende, de Patricio Guzmán, o documentário como ferramenta para a construção de memórias adormecidas. In: UNESCOM, 2006, São Bernardo do Campo. Anais Eletrônicos do Congresso Multidisciplinar de Comunicação para o Desenvolvimento Regional. São Bernardo do Campo: Unesco/Metodista, 2006. Disponível em: http://encipecom.metodista.br/mediawiki/images/c/cd/GT5_CELACOM_06_De_Jango_Alfredo.pdf Acesso em: 3 fev. 2011.
DELEUZE, Gilles. Conversações. Rio de Janeiro: Editora 34, 1992.
DOMENACH, Jean-Marie. A Propaganda Política. E-book, 1963. Disponível em: http://www.ebooksbrasil.org/eLibris/proppol.html
DORIN, Lannoy. Psicologia geral. São Paulo: Livraria Iracema, 1987.
DURAND, Gilbert. As estruturas antropológicas do imaginário. São Paulo: Martins Fontes, 1997.
GARCIA, Nelson Jahr. O que é propaganda ideológica. 10. ed. São Paulo: Brasiliense, 1982.
GOMES, Wilson. Theathrum Politicum: a encenação política na sociedade dos mass mídias. In: FAUSTO NETTO, Antônio; BRAGA, José Luiz; PORTO, Sérgio Dayrell (Org.). A Encenação dos Sentidos: mídia, cultura e política. Rio de Janeiro: Diadorim, 1995.
HOPKINS, Claude. A ciência da propaganda. São Paulo: Cultrix, 1966.
JUNG, Carl Gustav. Os arquétipos e o inconsciente coletivo. Petrópolis: Vozes, 2008.
______. O Homem e seus símbolos. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2008.
LAPLANTINE, Francois; TRINDADE, Liana. O que é imaginário. 1. ed. São Paulo: Brasiliense, 1996.
LIMA, Marcelo O. Coutinho. Marketing eleitoral. E-Book, 2002. Disponível em: http://midiaexterna.wordpress.com/2008/05/21/marketing-eleitoral-por-marcelo-o-coutinho-de-lima
MARX, Karl. O capital: crítica da economia política. São Paulo: Nova Cultural, v. 1, livro 1: O processo de produção do capita, 1996.
MORAES, Denis de. O imaginário vigiado. A imprensa comunista e o realismo socialista no Brasil (1947-53). Rio de Janeiro: José Olympio, 1994.
Downloads
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Derechos de Autor
La sumisión de originales para la Revista Famecos implica la transferencia, por los autores, de los derechos de publicación. El copyright de los artículos de esta revista es el autor, junto con los derechos de la revista a la primera publicación. Los autores sólo podrán utilizar los mismos resultados en otras publicaciones indicando claramente a Revista Famecos como el medio de la publicación original.
Creative Commons License
Excepto donde especificado de modo diferente, se aplican a la materia publicada en este periódico los términos de una licencia Creative Commons Atribución 4.0 Internacional, que permite el uso irrestricto, la distribución y la reproducción en cualquier medio siempre y cuando la publicación original sea correctamente citada.