Verificação da Base Social Transnacional do Ambientalismo: Uma Análise Comparativa e Atualizada dos Comportamentos Pró-Ecológicos
DOI:
https://doi.org/10.15448/1980-8623.2014.3.17233Palavras-chave:
Fatores sociodemográficos, fatores atitudinais, avaliação transnacional, ISSP, condutas pró-ecológicas.Resumo
A pesar do crescente interesse pelos estudos transnacionais, quase nenhum deles avalia especificamente as bases sociais dos comportamentos pró-ecológicos. Portanto, este artigo explora as diferenças sociodemográficas quanto as condutas ecológicas privadas e públicas (CEPr e CEPu) em 30 países. Modelos de equações estruturais e multinível foram aplicados ao banco de dados da International Social Survey Programme (ISSP) 2010. As avaliações mostraram relações positivas consistentes ao longo dos países quanto educação em ambos os tipos de comportamento. A idade teve o mesmo efeito que a educação para CEPr. Esse padrão foi menos marcante quanto ao gênero em CEPr e quanto à renda em CEPu. O tamanho da cidade natal e a renda tiveram efeitos difusos ou mistos em CEPr, assim como o gênero, a idade e o tamanho da cidade natal em CEPu. Contudo, essas relações se vêem modificadas quando se controla o efeito das variáveis atitudinais. Além disso, o poder preditivo dos determinantes sociodemográficos varia significativamente entre nações (R2 0.2-16). As interações multinível mostraram que as diferenças de gênero em CEPr e de educação em CEPu foram mais marcantes nos países mais desenvolvidos. Portanto as bases sociais variam segundo o tipo de conduta avaliada, o grau de consistência entre países, o poder preditivo e o nível de desenvolvimento do país.Downloads
Referências
Arcury, T. A. & Christianson, E. H. (1993). Rural-urban differences
in environmental knowledge and actions. The Journal of Environmental Education, 25(1), 19-25. doi: 10.1080/
1993.9941940
Berenguer, J. & Corraliza, J. A. (2000). Preocupación ambiental y
comportamientos ecológicos. Psicothema, 12(3), 325-329.
Berger, I. E. (1997). The demographics of recycling and the
structure of environmental behavior. Environment and Behavior,
(4), 515-531. doi: 10.1177/001391659702900404
Brand, K. W. (2002). Conciencia y comportamiento medioambientales:estilos de vida más verdes. In M. Redclift &
G. Woodgate (Eds.), Sociología del medio ambiente: una
perspectiva internacional (pp. 205-221). Madrid: McGraw-Hill.
Buttel, F. H. & Flinn, W. L. (1974). The structure of support for the
environmental movement, 1968-1970. Rural Sociology, 39(1),
-69.
Chao, Y.-L. & Lam, S.-P. (2011). Measuring responsible
environmental behavior: self-reported and other-reported
measures and their differences in testing a behavioral model.
Environment and Behavior, 43(1), 53-71. doi: 10.1177/
Corral, V. (1997). Dual “realities” of conservation behavior: Selfreporteds vs observations of re-use and recycling behavior.
Journal of Environmental Psychology, 17(2), 135-145. doi:
1006/jevp.1997.0048
Corral, V. & Zaragoza, F. (2000). Bases sociodemográficas
y psicológicas de la conducta de reutilización: un modelo
estructural [Socio-Demographic and Psychological Basis of
Reuse-Behavior: A Structural Model]. Medio Ambiente Y
Comportamiento Humano, 1(1), 9-29.
Diamantopoulos, A., Schlegelmilch, B. B., Sinkovics, R., &
Bohlen, G. M. (2003). Can socio-demographics still play a role
in profiling green consumers? A review of the evidence and an
empirical investigation. Journal of Business Research, 56(6),
-480. doi: 10.1016/S0148-2963(01)00241-7
Dietz, T., Kalof, L., & Stern, P. C. (2002). Gender, values, and
environmentalism. Social Science Quarterly, 83(1), 353-364.
doi:10.1111/1540-6237.00088
Dietz, T., Stern, P. C., & Guagnano, G. A. (1998). Social structural
and social psychological bases of environmental concern.
Environment and Behavior, 30(4), 450-471. doi: 10.1177/
Eckersley, R. (1995). Environmentalism and political theory:
towards an ecocentric approach. London: UCL Press.
Franzen, A., & Meyer, R. (2010). Environmental Attitudes in
Cross-National Perspective: A Multilevel Analysis of the ISSP
and 2000. European Sociological Review, 26(2), 219-234.
doi: 10.1093/esr/jcp018
Greenbaum, A. (1995). Taking stock of two decades of research
on the social bases of environmental concern. In M. Mehta &
É. Ouellet (Eds.), Environmental sociology: theory and practice
(pp. 125-152). North York, Ontario, Canada: Captus Press.
Guagnano, G. A., Stern, P. C., & Dietz, T. (1995). Influences on
Attitude-Behavior Relationships: A Natural Experiment with
Curbside Recycling. Environment and Behavior, 27(5), 699-718.
doi: 10.1177/0013916595275005
Hadler, M. & Haller, M. (2011). Global activism and nationally driven
recycling: The influence of world society and national contexts
on public and private environmental behavior. International
Sociology, 26, 315-345. doi: 10.1177/0268580910392258
Haller, M., Jowell, R., & Smith, T. W. (Eds.). (2009). The
International Social Survey Programme, 1984-2009: Charting
the Globe. Abingdon, Oxon; New York: Routledge.
Hernández, B. & Hidalgo, M. C. (2010). Actitudes y creencias
hacia el medio ambiente. In J. Aragonés & M. Amérigo (Eds.).
Psicología ambiental (pp. 281-301). Madrid: Piramide.
Hidalgo, M. C., Hernández, B., Lambistos, M. J., & Pisano, I.
(2011). Evaluating pro-environmental behavior: differences between low- and high- involvement behaviors. International Journal of Hispanic Psychology, 4(1), 45-54.
Hunter, L. M., Hatch, A., & Johnson, A. (2004). Cross-national
gender variation in environmental behaviors. Social Science
Quarterly, 85(3), 677-694.
Marquart-Pyatt, S. T. (2008). Are there similar sources of
environmental concern? Comparing industrialized countries.
Social Science Quarterly, 89(5), 1312-1335.
Marquart-Pyatt, S. T. (2012a). Contextual influences on environmental concerns cross-nationally: A multilevel investigation.
Social Science Research, 41(5), 1085-1099. doi: 10.1016/j.
ssresearch.2012.04.003
Marquart-Pyatt, S. T. (2012b). Explaining Environmental Activism
Across Countries. Society & Natural Resources, 25(7), 683-699.
doi: 10.1080/08941920.2011.625073
Milfont, T. L. (2012). Cultural Differences in Environmental
Engagement. In S. D. Clayton (Ed.). The Oxford handbook of
environmental and conservation psychology (pp. 181-202). New
York: Oxford University Press.
Nawrotzki, R. J. (2012). The Politics of Environmental Concern A
Cross-National Analysis. Organization & Environment, 25(3),
-307. doi: 10.1177/1086026612456535
Neumayer, E. (2004). The environment, left-wing political
orientation and ecological economics. Ecological Economics,
(3-4), 167-175. doi: 10.1016/j.ecolecon.2004.06.006
Pampel, F. C. (2013). The Varied Influence of SES on Environmental
Concern. Social Science Quarterly, 95(1), 57-75. doi: 10.1111/
ssqu.12045
Pato, C., Ros, M., & Tamayo, Á. (2005). Creencias y comportamiento
ecológico: un estudio empírico con estudiantes brasileños [Beliefs and Ecological Behavior: an empirical study with Brazilian students]. Medio Ambiente Y Comportamiento Humano, 6(1), 5-22.
Tamayo, A. & Pato, C. (2006). Valores, creencias ambientales y
comportamiento ecológico de activismo [Values, Environmental
Beliefs and Ecological Behavior of Activism]. Medio Ambiente
Y Comportamiento Humano, 7(1), 51-66.
Thøgersen, J. (2005). How May Consumer Policy Empower Consumers for Sustainable Lifestyles? Journal of Consumer Policy, 28(2), 143-177. doi: 10.1007/s10603-005-2982-8
Van Liere, K. D. & Dunlap, R. E. (1980). The social bases of
environmental concern: a review of hypotheses, explanations and
empirical evidence. Public Opinion Quarterly, 44(2), 181-197.
doi: 10.1086/268583
Xiao, C. & Dunlap, R. E. (2007). Validating a comprehensive model
of environmental concern cross-nationally: A U.S.-Canadian
comparison. Social Science Quarterly, 88(2), 471-493.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Direitos Autorais
A submissão de originais para a Psico implica na transferência, pelos autores, dos direitos de publicação. Os direitos autorais para os artigos publicados nesta revista são do autor, com direitos da revista sobre a primeira publicação. Os autores somente poderão utilizar os mesmos resultados em outras publicações indicando claramente a Psico como o meio da publicação original.
Licença Creative Commons
Exceto onde especificado diferentemente, aplicam-se à matéria publicada neste periódico os termos de uma licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional, que permite o uso irrestrito, a distribuição e a reprodução em qualquer meio desde que a publicação original seja corretamente citada.