El sulicidio y el sulicidio de la literatura nordestina
de Franklin Távora al sertãopunk
DOI:
https://doi.org/10.15448/1984-7726.2024.1.46243Palabras clave:
Literatura del Norte, Sertãopunk, Literatura Comparada, Literatura Brasileña Contemporánea, Regionalismo NordestinoResumen
Este trabajo establece una conexión entre el movimiento literario contemporáneo “sertãopunk”, que explora narrativas vinculadas al cyberpunk ambientadas en la región nordestina de Brasil, y el proyecto político-literario de la Literatura del Norte, de Franklin Távora, un autor pionero del regionalismo nordestino. Se argumenta que ambos movimientos se apropian de formas literarias extranjeras para representar el Nordeste brasileño desde una perspectiva emancipadora, enfrentándose a discursos exotizantes sobre la región que existen desde la época de Távora en el siglo XIX. Al superar los estigmas impuestos a la literatura nordestina, históricamente considerada subalterna por parte de la crítica literaria, tanto en términos de formas como de temas, Távora y los autores vinculados al sertãopunk lograron subvertir los discursos hegemónicos sobre la región. Uno de los defensores del sertãopunk llama a esta demanda de autodeterminación “sulicidio de la literatura nordestina”, en referencia a la canción homónima de Baco Exu do Blues y Diomedes Chinaski, donde cuestionan la invisibilidad de los raperos del Nordeste en comparación con sus pares del eje sur-sudeste. Del mismo modo que Távora invierte la lógica que descalificaba la producción literaria del Norte brasileño como “provinciana”, al mismo tiempo que reclama una proximidad con un sustrato nacional ausente para sus críticos en el corazón del imperio, y establece un diálogo creativo con las tendencias extranjeras emergentes, los autores del sertãopunk se enfrentan a la noción de que la región Nordeste está rezagada en comparación con el resto de Brasil. Lo hacen elaborando historias que no solo proyectan personajes nordestinos hacia un futuro altamente tecnológico, sino que también les otorgan un protagonismo históricamente negado.
Descargas
Citas
AGUIAR, C. Franklin Távora e o Seu Tempo. São Caetano do Sul: Ateliê Editorial, 1997.
ALMEIDA, J. M. G. A Tradição Regionalista no Romance Brasileiro. Rio de Janeiro: Achiamé, 1981.
ALONSO, A. Idéias em Movimento: A geração de 1870 na crise do Brasil-Império. São Paulo: Paz e Terra, 2002.
AMADO, J. A morte e a morte de Quincas Berro D’água. São Paulo: Companhia das Letras, 2008.
CAUSO, R. S. Tupinipunk: Cyberpunk Brasileiro. Zanzalá: Revista Brasileira de Estudos sobre Gêneros Cinematográficos e Audiovisuais, Juiz de Fora, v. 8, n. 1, p. 105-119, 2021.
GALDINO, C. Lampião Elétrico. [S. l.: s. n.], 2018.
GAMA, V. C.; DINIZ, G. G.; SÁ, A. Afrofuturism, Amazofuturism, Indigenous Futurism, and Sertãopunk in Brazilian Science Fiction. In: TAYLOR, T. J.; LAVENDER III, I.; DILLON, G. L.; CHATTOPADHYAY, B. Routledge Handbook of CoFuturisms. New York: Taylor & Francis, 2023.
JOBIM, J. L. Literatura Comparada e Literatura Brasileira: circulações e representações. Rio de Janeiro: Makunaima; Boa Vista: Universidade Federal de Roraima, 2020.
LACERDA, A. G. Imagens do Sertão: a violência-resposta legitimada no cangaço. Revista Légua & Meia, Feira de Santana, v. 2, n. 1, 2004. DOI: https://doi.org/10.13102/lm.v2i1.1951
MAIA, M. N. Um Certo Caráter Geográfico: a construção discursiva do sertão em O Cabeleira, de Franklin Távora. 2022. Dissertação (Mestrado em Estudos de Literatura) – Universidade Federal Fluminense, Niterói, 2022.
MAIA, M. N. Direto da Sarjeta: diálogos possíveis entre Cangaço Overdrive, de Zé Welington e Walter Geovani, e Ronin, de Frank Miller. Ilha do Desterro, Florianópolis, v. 76, n. 2, p. 97-114, 2023. DOI: https://doi.org/10.5007/2175-8026.2023.e92413
MAIA, M. N.; DAFLON, C. Bocas Tortas: o naturalismo sertanejo e a representação da seca em Os Retirantes, de José do Patrocínio, e em Ataliba, o Vaqueiro, de Francisco Gil Castelo Branco. Terra Roxa e Outras Terras: revista de estudos literários, Londrina, v. 43, n. 2, p. 90-102, 2023. DOI: https://doi.org/10.5433/1678-2054.2023vol43n2p90
MENEZES, C. Sertãopunk: um movimento que reflete sobre o Nordeste plural do futuro. O Povo, Fortaleza, 21 maio 2022. Disponível em: https://www.opovo.com.br/vidaearte/2022/05/21/sertaopunk-um-movimento-que-reflete-sobre-o-nordeste-plural-do-futuro.html. Acesso em: 31 ago. 2024.
PATROCÍNIO, J. Os Retirantes. São Paulo: Clube de Autores, 2018.
RAMA, A. Transculturación narrativa en América Latina. Ciudad del México: Siglo Veintiuno, 2004.
ROMERO, S. O Naturalismo em Literatura. São Paulo: Typographia da Província de São Paulo, 1882.
ROMERO, S. Prefácio. In: BARRETO, T. Vários Escritos. Rio de Janeiro: Laemmert & C, 1900. p. IX- LIII.
SÁ, A. Por que fazer o Nordeste Sertãopunk? In: SILVA, A. (org.). Sertãopunk: histórias de um Nordeste do amanhã. [S. l.: s. n.], 2020.
SEVCENKO, N. Literatura Como Missão. São Paulo: Brasiliense, 1999.
SILVA, A. M. Sobre Diversidades e Regionalidades: a ascensão da Quarta Onda da ficção científica brasileira. Memorare, Tubarão, v. 8, n. 1, p. 61-80, jan./jun. 2021. DOI: https://doi.org/10.19177/memorare.v1e1202161-80
STERLING, B. Preface. In: GIBSON, W. Burning Chrome. New York: Harper Collins, 1986. p. 5-8.
STERLING, B. Mirrorshades: the cyberpunk anthology. New York: Ace Books, 1988
TÁVORA, F. Cartas a Cincinato: estudos críticos por Semprônio. Organizado por E. V. Martins. Campinas: Unicamp, 2011.
TÁVORA, F. Escriptores do Norte do Brazil. A Semana, Rio de Janeiro, v. III, n. 156, 24 dez. 1887. Disponível em: http://memoria.bn.br/DocReader/DocReader.aspx?bib=383422&pagfis=1236. Acesso em: 24 nov. 2023.
TÁVORA, F. O Cabeleira. Rio de Janeiro: Typographia Nacional, 1876.
TAYLOR, T. J.; LAVENDER III, I.; DILLON, G. L.; CHATTOPADHYAY, B. Routledge Handbook of CoFuturisms. New York: Taylor & Francis, 2023. DOI: https://doi.org/10.4324/9780429317828
VIANNA, K. O cangaceiro do futuro e o jumento espacial. Fortaleza: Tupynanquim, 2008.
WELLINGTON, Z.; GEOVANI, W. Cangaço Overdrive. São Paulo: Draco, 2018.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2024 Letras de Hoje

Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución 4.0.